Florence: Quem é Essa Mulher?

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"Florence: Quem é Essa Mulher?" esclarece quem foi Florence Foster Jenkins

Florence: Quem é Essa Mulher? esclarece quem foi Florence Foster Jenkins, de maneira muito diferente daquela escolhida para o filme em francês Marguerite. Enquanto lá vemos uma versão com um tom muito mais intimista e melancólico, aqui vemos uma comédia com momentos dramáticos, e uma Florence bem ingênua, mas que parece aceitar melhor os percalços da vida.

Florence foi uma mulher muito rica, herdeira de uma fortuna, e podia basicamente comprar a atenção e devoção alheia – o que seu marido, St. Clair (Hugh Grant), fazia sem que ela o soubesse. Nascida em 1868, foi nos anos 40 que sua grande paixão pela música se manifestou em uma vontade incontrolável de ser cantora lírica. Mas era extremamente desafinada, recebendo inclusive o apelido do público de “a diva do grito”.

A grande Meryl Streep interpreta uma Florence muito doce e ingênua. Vemos sua rotina com o marido, que parece ter um grande amor não romântico pela mulher. St. Clair mantém uma amante, Kathleen (Rebecca Ferguson), o que parece um acordo relativamente moderno para a época, mas Florence de vez em quando sente sua falta e, nessas horas, ele dá um jeitinho de estar junto com sua esposa.

Talvez pelo carisma de Hugh Grant, St. Clair nessa versão divide a cena com Florence, mostrando-se uma figura extremamente importante em sua vida, diferente de Marguerite, onde ele mal aparecia. Também descobrimos mais sobre sua vida pessoal, como por exemplo o fato de ela ter contraído sífilis de seu primeiro marido.

O fio condutor desta narrativa é o pianista contratado para acompanhar Florence em suas aulas de canto, Cosmé McMoon (Simon Helberg, de Big Bang Theory). Descobrimos junto a ele que Florence é péssima cantora, e vemos seu dilema entre continuar sendo um pianista sem fama ou tornar-se um pianista com má fama. Uma decisão difícil, mas a vida é feita de escolhas, não é mesmo?

E assim acompanhamos a história desta mulher que cantou com o coração sem saber que estourava alguns tímpanos ao mesmo tempo que proporcionava sessões de gargalhadas histéricas das plateias para as quais se apresentava. Uma vida inteira sendo protegida da verdade torna ainda mais simbólica a imagem de Florence como um anjo, berrando no Carnegie Hall. Não deixe de assistir as duas versões, a francesa e a americana, ambas em cartaz nos cinemas.

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