Maggie (Greta Gerwig) é uma moça solteira em Nova York que está cansada de ter relacionamentos curtos que não levam a lugar algum, então bola um plano, o de ser mãe solteira. Até aí, esse filme poderia muito bem ser Plano B, com Jennifer Lopez, mas não se engane. Essa não é uma típica comédia romântica.
Maggie decide que o doador de esperma para seu filho será um vendedor de picles (bebeu dessa fonte, né, diretora rs) chamado Guy (Travis Fimmel), um matemático que virou empresário de picles. Mas numa daquelas viradas que só a vida pode dar, no meio do caminho Maggie se apaixona pelo professor adjunto de antropologia John (Ethan Hawke), que é inconvenientemente casado com a brilhante professora Georgette (Julianne Moore), de origem dinamarquesa – e com um sotaque muito divertido.
John e Maggie mantêm o caso até ela engravidar, curiosamente da maneira convencional. Lá se vai O Plano de Maggie, lá vem a vida surpreendendo. John acaba largando a esposa Georgette, que é muito mais bem-sucedida que ele e com quem já tem dois filhos, para ficar com Maggie, e escrevendo um livro nesse meio tempo.
Ethan Hawke sempre faz uns papéis de homens meio meninos, inferiorizados pelas mulheres que ama, então se sai super bem aqui. O que dizer de Julianne Moore, né, que está ótima, mostrando uma certa dureza aos olhos do marido e ao mesmo tempo uma sensibilidade e vulnerabilidade altamente identificáveis. A trama ainda inclui os amigos de Maggie, o casal Tony e Felicia, interpretados pelos ótimos atores saídos de Saturday Night Live, Bill Hader e Maya Rudolph.
Mas se você pensa que a história é só essa, engana-se novamente. Aí que vem a grande jogada do filme, o segundo plano de Maggie. Com a vida estabilizada e a filha pequena, Maggie cansa do marido rs a paixão acaba e ela percebe que John começa a reclamar dos mesmos aspectos que reclamava quando estava com a ex. Conclui que sua vida seria bem mais tranquila caso os dois voltassem a ficar juntos.
O Plano de Maggie é uma das comédias mais irreverentes dos últimos tempos. O elenco está afiado, as piadas são ótimas, principalmente a piada final. Não deixe de assistir a esse filme da diretora Rebecca Miller.
