Tem coisa mais legal do que quando os filmes franceses desafiam todos aqueles estereótipos eternos sobre si mesmos e entregam um filme interessante, divertido, engraçado, gostoso de assistir? Pois bem, estoure a pipoca, porque temos uma nova estreia!
Sophia é uma professora que, enquanto aguarda por um cargo definitivo na instituição em que leciona, dá aulas para turma de alunos idosos. Ela mantém um longo e duradouro relacionamento com seu marido Xavier, um estudioso como ela. O tema de suas aulas, na maioria das vezes, é a natureza do amor, apresentada pelo ponto de vista de grandes filósofos. Porém, mesmo tendo as lições de grandes mestres decoradas e não ser infeliz em seu relacionamento, ela decide ir contra todas as razões lógicas que preza e se entrega a uma nova paixão.
O que temos neste filme é uma grande história da diretora e roteirista Monia Chokri, que soube arquitetar e colocar em prática uma narrativa que a cada cena entrega pinceladas da sétima arte que são completamente possíveis de serem vistas no nosso cotidiano.
A atriz Magalie Lépine Blondeau, que dá vida à protagonista Sophia, foi muito bem-sucedida em transparecer grande sinceridade e verdade em todos os sentimentos vividos por sua personagem, das angústias ao amor intenso. Ao assistir, essa deve ser uma das mensagens que o A Natureza do Amor, vencedor de Melhor Filme Estrangeiro do Prêmio César 2024, deixa para seus espectadores: qualquer pessoa deve se permitir sentir as emoções que chegam até nós, sem medo, sem culpa. Afinal, muitas vezes, somos inundados pelo que (ou por quem) há de melhor por aí e estava reservado exclusivamente para nós.