Arrow – 4ª Temporada

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A série baseada em quadrinhos mais bem sucedida dos últimos anos, retorna tentando corrigir os erros da terceira temporada, que confundiu bastante o enredo das vidas de Oliver Queen (Stephen Amell) e companhia. Com várias questões de bastidores como a saí­da de Colton Haynes (Roy Harper/Arsenal) e também o caminhar da história que ficou muito sombria e sem saí­da, esse ano 4 simboliza o renascimento do Arqueiro Verde, ou pelo menos, deveria. Águas passadas para todo o peso na consciência de todos os personagens que tiveram perdas irreparáveis no decorrer da história e agora se encontram mais em paz, aceitando seus destinos e abertos realmente a combater o crime, cada vez mais unidos. Se juntando ao time, está Thea Queen (Willa Holland) a irmã de Oliver que encarna a heroí­na Speedy, junto de Laurel Lance (Katie Cassidy) que é a Canário Negro, John Diggle (David Ramsey) e uma das personagens mais odiadas atualmente, Felicity Smoak (Emily Bett Rickards).


É clara a tentativa dos criadores de dar uma identidade heroica para John Diggle, e isso vem sendo especulado a um bom tempo. A maior aposta é que ele venha a ser um Lanterna Verde, mas com os planos da Warner de fazer um novo filme chamado Green Lantern Corps, fica improvável afirmar que isso venha a acontecer. Diggle retorna nesta temporada com uma nova pista sobre o assassinato de seu irmão, que o leva até uma organização secreta chamada C.O.L.M.É.I.A., liderada por Damien Darhk (Neal McDonough), vilão clássico do universo DC, que está destruindo Star City e carrega consigo milhares de almas roubadas, aumentando seu poder místico a cada tomada.


O programa comandado por Greg Berlanti, Marc Guggenheim e Andrew Kreisberg, falha toda vez que apresenta personagens ou cria expectativas que não acontecem, como o Esquadrão Suicí­da, Amanda Waller, e uma equipe de elite da ARGUS comandada pela personagem de Rutina Weasley que nunca mais apareceu, fazendo todo aquele arco inútil para a trama. Sem contar os insistentes flashbacks, que na primeira temporada pareciam interessantes e tinham um propósito, mas no decorrer das temporadas parou de fazer sentido e a trama alternativa dos 5 anos que Oliver ficou desaparecido, faz parecer com que o personagem não tenha mudado absolutamente nada. Não há uma diferenciação em nuances de atuação do ator mediano que Amell é.

A série parece perder sua substância em cada decisão televisiva e não busca nos quadrinhos o que esses personagens realmente são, e a cada temporada tenta iniciar uma redenção ou um reboot de tudo. Uma hora o Arqueiro Verde pode matar, na outra já não pode mais e assim por diante. Questões como essa tornam irremediáveis as soluções de roteiro. Sem falar na banalização das mortes do elenco base do programa, que constroem desculpas sem pé nem cabeça para cortar algum personagem querido dos fãs e ainda justificar que essa é a essência da série, sendo que essa essência já se perdeu desde a 2ª temporada.

Um dos pontos altos da série, foi a participação da heroí­na Vixen (Megalyn Echikunwoke), que deu um respiro para a trama e mostrou poderes e um rosto novos para a série escura e cansada. A personagem cresceu em pouquíssimo tempo de tela e a boa interpretação de Megalyn, que inclusive já emprestou sua voz para a versão de desenho animado da heroí­na, deixou o público querendo bis. A caminhada de Oliver parece cada vez mais incerta e nem o personagem parece saber o que fazer daqui em diante, sendo que o time foi desfeito no final. Cabe aos produtores acharem uma forma de trazer o coração da série de volta a ativa e pegar como inspiração os outros heróis da casa como visto em The Flash, Supergirl e Legends of Tomorrow.

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