Ben-Hur (2016)

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O remake de "Ben-Hur" entrega uma história modernizada e com belas cenas

Ben-Hur é uma adaptação do romance Ben-Hur: Um Conto sobre o Cristo, escrito por Lew Wallace em 1880. A adaptação mais conhecida e premiada (foram 11 estatuetas! – feito só alcançado por 3 filmes na história da premiação) foi dirigida por William Wyler, em 1959 (leia sobre ela aqui).

Sem a mesma duração que o filme de 1959 (eram 3h42, com direito a intervalo no meio do filme), a versão de 2016 apresenta um drama mais adequado aos dias atuais, sem perder a essência da história original.

Sim!!! Passei pela experiência de reassistir, com direito ao intervalo para trocar o DVD, o filme de 1959 e poder fazer as devidas comparações. Minhas primeiras observações, além da grandiosidade do épico, são o amor retratado entre os irmãos, as atuações muito marcadas e ensaiadas demais. Essa versão é realmente maravilhosa para o ano que foi produzida e serve de comparação para muitos outros filmes produzidos até hoje!

Já em 2016, confesso que achei que os efeitos especiais seriam exagerados e atrapalhariam as atuações e a história. Fui, positivamente, surpreendida! Efeitos na medida certa, poucos erros de continuidade e atuações convincentes.

O nobre Judah Ben-Hur (Jack Huston, de Trapaça), contemporâneo de Jesus Cristo (Rodrigo Santoro, de 300), é injustamente acusado de traição e condenado à escravidão. Ele sobrevive ao tempo de servidão e descobre que foi enganado por seu próprio irmão, Messala (Toby Kebbell, de Quarteto Fantástico), partindo, então, em busca de vingança.

Não há muito o que falar sobre a história, já tão conhecida. Então vamos falar sobre atuações!
Esther (Nazanin Boniadi, de Zoolander 2), que faz a esposa de Ben-Hur, está apática demais, quase sem expressão e pouco convincente para a força da personagem, apesar de linda, deixa a desejar.

Os irmãos Judah e Messala não conseguem convencer que realmente existe uma relação de amor familiar, fica difí­cil acreditar em toda a história e no fim dela com a atuação mediana de ambos.

E vamos falar do (ai meu DEUS, com a benção do Papa) Rodrigo Santoro. Sua atuação simples e quase monossilábica é como o personagem Jesus exige. Está convincente, agrada aos olhos (talvez os ouvidos não) e resolve a história (mais simplificada que no original de 1959) paralela e que se cruza em alguns momentos com o rico judeu que encontra redenção no fim de tudo.

Um salve para o sempre competente Morgan Freeman, que aparece e faz sua mágica! Fala mansa, convincente e eficiente, tem papel importante na vitória de Ben-Hur.

Na era da computação gráfica eficiente, a fotografia do filme agrada, os cenários e cores são impressionantes (fica a dica para ver o filme em 3D ou em uma sala Imax). Já a trilha sonora, eu diria ser a maior decepção do longa. A música dos momentos de batalha (sempre a mesma por sinal) chega a ser angustiante e realmente se torna perceptí­vel e ineficiente em alguns momentos. A música final não pertence à época e está completamente fora do contexto (apesar de ser uma boa canção).

Se você assistiu alguma das versões anteriores da obra e gostou, corre assistir essa refilmagem que é um resumo atualizado da história. Mas se você não assistiu e não conhece a história, pega seu pacote de pipoca, seu refrigerante e vai pro cinema saber um pouco sobre o famoso Ben-Hur.

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