Legends of Tomorrow – 1ª Temporada

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Após o grande sucesso das séries de Arrow e The Flash, a DC na TV resolveu juntar um grupo de lendas para sua nova série. Qual melhor maneira de reaproveitar personagens coadjuvantes dos programas carros-chefe, que não puderam ser bem desenvolvidos, mas que tiveram grande empatia do público? Ora, juntá-los em uma nova produção. Essa ideia não poderia ter dado mais certo.


Enquanto o universo da DC no cinema ainda patina para tomar o seu rumo, o universo da TV parece estar muito certo do que está fazendo. Legends of Tomorrow chegou em um timing perfeito, bem na alta das séries de super-heróis e com uma proposta última de viajar pelo tempo e salvar o mundo. Com isso, os personagens podem interagir com seus próprios núcleos em diferentes épocas da linha do tempo. A introdução para essa nova aventura foi bem rápida e sem muitos rodeios em um episódio crossover especial de Arrow e The Flash, o que facilitou para a história começar a engrenar e partir para o rumo desejado, sentindo também o peso dos acontecimentos de The Flash e Arrow.


A trama se concentra em Rip Hunter (Arthur Darvill), que é um cara traumatizado pela perda de sua famí­lia no futuro e por isso volta ao passado para tentar mudar esse cenário, e também para deter o mundo da devastação que o vilão Vandal Savage (Casper Crump) planeja sobre a humanidade. Para ajudá-lo, ele reúne o Nuclear (Franz Drameh e Victor Garber), a Canário Branco (Caity Lotz), o Capitão Frio (Wentworth Miller), o Onda Térmica (Cominic Purcell), a Mulher Gavião (Ciara Rene), o Gavião Negro (Falk Hentschel) e o Átomo (Brandon Routh). Além de todos esses personagens, a série introduz mais outros até o seu final, como Jona Hex (Johnathon Schaech) e Chronos, que é um dos vilões junto dos Mestres do Tempo que tentam impedir as ações dos lendários.


Feita para os apaixonados pela mitologia DC, o programa supera expectativas visuais com designs que misturam elementos futuristas e de ficção cientí­fica, com belas cenas de ação e coreografias muito bem desenvolvidas. Todos os efeitos visuais são muito competentes e nos fazem acreditar que tudo aquilo é possí­vel, mesmo que altamente fantástico. A mitologia porém não é literalmente fiel ao material original dos quadrinhos, mas muito das páginas é visto adaptado de uma maneira agradável na tela. E não existe um herói mais importante que o outro, todos ali juntos são essenciais para a história e para o desenvolver das relações e da própria trama. Próximo do final, a equipe perde alguns integrantes, dando um gás maior aos que sobraram para derrotar de uma vez por todas Vandal Savage e abrir caminho para novas pistas no rumo da série.


Por se tratar de uma série em TV aberta, além de muitos episódios, lidamos com um episódio a parte de outro em termos de ameaça. O que isso quer dizer? Bem, cada episódio tem um sub-vilão, fora o pano de fundo da história que segue a continuidade para ganhar tempo até o final de temporada. Isso tem sido visto de uma maneira negativa em muitos programas, mas aqui isso até acaba ajudando, já que a viagem no tempo é uma ferramenta que pode ser usada a esse favor e ganha uma justificativa. Cada episódio também apresenta algo inovador, seja uma tecnologia ou mesmo ensinamentos sobre ficção cientí­fica, experiências de batalha e mitologia antiga, indo além da base criada em Arrow e The Flash. A mistura de vilões e recém heróis num mesmo grupo, deu uma dinâmica única a Legends of Tomorrow, fazendo com que essas pessoas com ideais e noções de conduta diferentes, pudessem trabalhar juntas e até mesmo salvar o dia. Essa veia heroica é o que os fãs querem ver e é o otimismo de um final feliz que toda história de super-herói pede. Ao todo, a temporada de estreia fez barulho e foi ouvida. A série deu um novo respiro para o universo estabelecido na TV e também conseguiu aprofundar personagens desconhecidos do grande público e aproveitá-los muito bem. Agora nos resta esperar pela segunda temporada que promete introduzir a Sociedade da Justiça da América.

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