Tradicionalmente, me considero a louca do found footage. Desde quando assisti A Bruxa de Blair lembro até hoje, fiquei muito impressionada com a capacidade dessa estética nos deixar horrorizados. Tem algo com o lance de você pensar que aquilo realmente aconteceu com alguém, que basicamente se ferrou e tudo que sobrou foi uma fita mal gravada pra contar a história. Amo 😍
E esse é o lance que de cara me pegou com Entrevista com o Demônio, pois o spoiler já tá posto nos primeiros minutos: os caras se lascaram, é isso. Nem adianta ficar torcendo pelo melhor, este é o tipo de filme de terror onde todo mundo se lasca.
Mas aí vem um plot twist ainda maior: nada é tão simples assim, pois o filme é genial em cada aspecto. Ge-ni-al, sim, estou falando de um filme de terror, e ele é realmente genial. Faz tempo que não via algo tão deliciosamente tenso e diabolicamente misterioso e que me deixou pensando em detalhes por horas depois de ter visto o filme.
Sem falar muita coisa sobre o filme em si, porque odeio dar detalhes demais que possam estragar sua experiência, você, amigo querido, leitor camarada, fã de carteirinha de terror, vai entrar nos bastidores de um talk show e acompanhar seu decadente host, Jack Delroy, que possivelmente vai ter o show cancelado, tentando a todo custo ser relevante para audiências na noite de Halloween. E pra isso ele apela (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, claro).
E isso é o mais brilhante: o cara tá lascado, e pra de salvar ele não mede esforços, não se importa com as consequências, e isso pode custar mais que o show dele, infelizmente. Ou felizmente? No final, depois de ter espiado em toda essa podridão, você começa a se questionar.
Então é isso, fica aqui a dica pra ir ao cinema acompanhar esse filmaço de terror, com estética da década de 1970, cenas desconcertantes, possessão (vai dormir de luz acesa!) e um roteiro bem amarradinho que vai te conquistar (você não ama, leitor querido, um filme de terror com bom roteiro? Eu choro de emoção ❤ ️).