Fifi

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“Fifi”: A geração Z francesa retratada de forma charmosa em um filme sobre juventude e choque entre classes sociais

Aqui vão algumas informações rápidas sobre o filme:

  1. 1O filme é um coming of age leve e divertido.
  2. Tem direção dupla dos estreantes Jeanne Aslan e Paul Saintillan.
  3. Fifi tem sido apontado como um dos melhores filmes independentes produzidos na França nos últimos 2 anos.
  4. Apesar de possuir personagens clichês, o roteiro é bem escrito e possui diálogos interessantes.

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O verão chegou e Sophie (Céleste Brunnquell), uma adolescente de 15 anos, decide fugir dos problemas criados pela sua família. Ela aproveita a chance de obter as chaves extras da casa de sua amiga rica, Jade. Ao explorar a casa, que ela imaginava estar vazia, Sophie encontra Stéphane (Quentin Dolmaire), o irmão mais velho de Jade, que, coincidentemente, também tinha planos de permanecer por lá. No entanto, em vez de pedir que ela saia, Stéphane decide deixar a porta aberta, transformando isso em um convite para um verão que Sophie jamais esperava.

MAIS UMA VEZ O FETICHE FRANCÊS COM CLASSES SOCIAIS ENTRA EM CENA

Se a estética da fome é um dos carros chefes do cinema brasileiro, a diferença de classes sociais com certeza e um dos temas mais abordados pelo cinema francês. O tema sempre dá um jeito de aparecer, seja em personagens de origens diferentes colocados em situações cômicas, ou em dramas criticando comportamentos burgueses de uma sociedade igualmente burguesa. Em Fifi isso está bem claro quando analisamos a vida da personagem Sophie em contraste com a de Stéphane.

Sophie mora com 6 irmãos, a mãe e o padrasto em um pequeno apartamento em uma região periférica no leste da França. Só com isso já dá pra imaginar o quão difícil é a vida dessas pessoas. É uma realidade cheia de dificuldades financeiras em um ambiente caótico. Não precisa de muito para justificar a escolha de Sophie (não resisti à piada) de “visitar” a casa da amiga rica enquanto ela não está. Morando com esse tanto de gente eu também faria o mesmo!

Tudo acontece muito rápido no filme. Sophie encontra por acaso com uma antiga colega que está prestes a sair de férias com os pais. Agindo no impulso, Sophie rouba as chaves da casa da “amiga”. No fim de semana a meliante invade a casa, mas encontra com Stéphane, o filho de 23 anos da família que está estudando em uma escola de negócios em Paris (muito chic!)
Sophie se preocupa com o básico para sobreviver. Já Stéphane tem crises existenciais (risos burgueses). E como um bom burguês entediado com tudo, descobre na garota uma oportunidade de redescobrir (ou descobrir) o sentido da vida (enquanto ajuda Sophie a distribuir currículos).

VALE A PENA VER?

Vale! Eu recomendo! Mesmo você tendo a sensação de já ter visto um filme, série ou novela com uma história parecida (THE OC???). O roteiro é bem escrito e tira suco de pedra! Os diálogos vão fazer você refletir sobre a vida, e de brinde te tirar algumas risadas leves. Como não sou mais jovem, é interessante ver a juventude da atualidade sendo retratada. Adolescentes e pessoas na casa dos 20 anos vão tirar mais proveito do filme. Fica a dica!

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