Um detetive e um apostador lutando contra o crime organizado, cada um à sua maneira e de preferência não como parceiros. O que poderia dar errado? Essa é a premissa da trama de Fora do Rumo, com Jackie Chan liderando o filme aos 62 anos.
Bennie Chan (Jackie Chan) é um detetive honrado, que vive para perseguir o assassino de seu melhor amigo. Quando ele pensa estar mais perto do que nunca de provar a culpa do criminoso, é afastado da força policial. É nesse momento que Connor Whats entra em sua vida. O apostador é testemunha de um crime que pode ajudar Bennie em sua investigação, porém, como seria de se esperar, está fugindo de uma gangue russa que quer obriga-lo a ir para o país e pagar o que deve. Bennie precisa convencê-lo de que sua causa é nobre, mas Connor parece irredutível em sua decisão de não se juntar ao detetive. Até que consigam se livrar um do outro, os dois irão viver grandes aventuras.
Mais do que qualquer outro gênero, esse longa é orientado pela comédia. Porém, ao invés de uma apresentação suave ou buscando um pouco de originalidade, os elementos que dão essa característica ao filme foram apresentados simplesmente como estereótipos. Foi o caso dos “indestrutíveis” mafiosos russos, a mocinha ingênua em perigo, o malandro americano que faz as vezes de herói e anti-herói, o policial justiceiro.
A dupla que conduz a trama também deixa a desejar, uma surpresa, pois outros filmes feitos sob a mesma base tiveram sucesso. Mesmo assim, e apesar da nítida lentidão, quando comparamos cenas e o enredo de forma geral, Chan não deixa a desejar quando o assunto são as sequências envolvendo artes marciais. Inclusive, os créditos apresentam cenas de bastidores nas quais podemos ver o ator se desdobrando entre pulos, quedas e, talvez o mais desafiante, uma corredeira (já que ele não sabe nadar). Ainda que seja no final, são essas as cenas que nos lembram do porquê ter escolhido ver Fora do Rumo.
