Inferno

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Dentre todas as pestes previstas para o fim do mundo, "Inferno" mostra a que pode ser mais real

O jornal na televisão ou as noticias internacionais na internet não anunciaram que o planeta foi salvo mais uma vez do fim do mundo! Todas as vezes que se fala em profecias sobre o fim dos tempos (cada religião tem uma profecia, cada livro de história tem outra), uma das mais reais possibilidades é a invenção de um vírus que pode liquidar a humanidade e dar a chance da vida renascer.

Inferno é o quarto livro de Dan Brown e terceiro filme adaptado para o cinema a partir de sua obra. Todas as três produções contam com Tom Hanks como personagem principal interpretando Robert Langdon – um professor de simbologia que decifra enigmas usando seu conhecimento para resolver mistérios e salvar o mundo! (para lembrar os outros dois filmes são Anjos e Demônios e O Código Da Vinci).

Vamos falar sobre o Inferno, filme onde o renomado professor é levado para um mundo angustiante centrado em uma das obras literárias mais misteriosas da história: Inferno, de Dante Alighieri. Em uma corrida contra o tempo, Langdon encara um inimigo assustador e enfrenta um enigma genial que o leva para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística, como nos filmes anteriores. Tendo o poema de Dante como pano de fundo, o professor precisa encontrar respostas e escolher em quem confiar numa trama cheia de adrenalina e viradas inesperadas.

Até que possamos entender o que se passa no filme, vivemos a angustia do personagem principal: a falta de memória e o perigo, junto ao fato de estar muito longe de casa (qualquer filme que me intrigue nos primeiros 5 minutos vale o restante do tempo que passarei me dedicando à ele).

Sem comparar a adaptação ao original (até mesmo porque não li o livro!) posso dizer que tensão, curiosidade e medo são alguns dos ingredientes que nos seguram até a surpresa dos últimos minutos do filme! É muito difícil, hoje em dia, filmes onde o espectador, junto com o protagonista do filme, descobre que o vilão pode não ser o primeiro que pensamos, e no fim as viradas do roteiro fazem com que o malvado possa ser qualquer um dos personagens que foram apresentados.

Sou grande fã de Tom Hanks. Acho que ele continua ótimo, mantendo Robert Langdon com a sua verborragia inteligente e apenas aparentando estar um pouco mais velho do que nos filmes anteriores (parece realmente que é uma continuação recente – os filmes anteriores são de 2006 e 2009).

Efeitos e locações estão muito bons (são reproduções quase perfeitas de todos os interiores – museus, igrejas, entre outros). A fotografia de Salvatore Totino, que também trabalhou nos longas anteriores, é outro ponto que nos prende, trazendo um senso de unidade para a trilogia enquanto procura passagens secretas e comparamos mentalmente o que sabemos sobre as obras e histórias, nos envolvendo ainda mais no filme e fazendo pensar em tudo que podemos pesquisar quando chegar em casa!

E pra fechar com chave de ouro, Hans Zimmer retorna como o compositor da trilha sonora. Para quem sabe quem é, corre ouvi-la! Pra quem não sabe, eu garanto… vale a pena ouvir, mas vale mais ainda correr pro cinema e descobrir esta nova aventura do professor de simbologia mais famoso do mundo da literatura!

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