Sim, todos pensavam: a fábrica de reciclagem hollywoodiana finalmente chegou ao fundo do poço por começar a refazer longas filmados no final da década de 80.
Mas a verdade é que, por mais divertido que seja pegar um desses DVD’s na estante e rever pela milionésima vez, ainda assim o mesmo parecerá datado.
Sendo assim, por incrível que pareça, ao repensar nas refilmagens, o que poderia ter sido mais uma obra desnecessária ou não-tão-boa quanto a original, é, na verdade, quilômetros, até milhas melhor do que o longa de 1984.
Em grande parte sustentado nos ombros de Jaden Smith (filho de Will Smith, que aqui produz o longa), o menino entrega um trabalho que convence e ao mesmo tempo seduz. O que o diferencia de seu antecessor.
Além de divertido e despretensioso, ao assistir esse “Karate Kid”, você pode ser lembrado da simplicidade da criação cinematográfica de Clint Eastwood, onde seu protagonista simpático é encurralado por uns mal-elaborados maus.
Sendo assim, não meio tons aqui, mas o que falta de sutileza em seus vilões é garantia na diversão de seu público.
E se Jaden Smith convence. Jackie Chan apresenta seu papel como o coração do filme, como um mentor gentil, mas assombrado, e embora conhecido como um ator marcial, o ator nos presenteia com uma de suas melhores performances até aqui. O que é raro, dadas as repetidas comédias bobas nas quais ele se envolveu ao longo de sua carreira.
Mestre Miyagi (o treinador do original), ficaria orgulhoso.