As salas de cinema na última década receberam filmes de animação que se transformaram em grandes franquias, tamanha é a força que esse tipo de filme exerce no mercado. Meu Malvado Favorito, Kung Fu Panda e A Era do Gelo são exemplos desses filmes, que com uma boa visão de negócios conseguem lucrar também fora dos cinemas. Tudo vira dinheiro, da trilha sonora a bonecos dos personagens. O público consome e pede mais. Filmes de animação são um grande negócio.
O Brasil tem se esforçado nesse segmento, mas perto da produção americana, por exemplo, ainda é complicado fazer qualquer tipo de comparação. Até que Lino – Uma Aventura de Sete Vidas chegou, e chegou fazendo bonito. A qualidade técnica é impressionante. Os preconceituosos com cinema nacional vão se surpreender. Lino é lindo!
Com direção de Rafael Ribas, o filme pode caminhar tranquilamente ao lado de outras animações estrangeiras que chegam aos nossos cinemas. Não faz feio! Entretanto, se a técnica de animação é de tirar o chapéu, o roteiro, por outro lado…
Que roteirinho safado! É piada de pum que não tem graça, é trocadilho bobo de biscoito e bolacha, é falta de ritmo, é humor com preconceito… No filme tem uma cena com índios que me senti incomodado com o desenvolvimento da mesma. É clara a visão antiga e ultrapassada do humor impressa no roteiro. Faltou humanismo. Nesse sentido as animações estrangeiras estão ganhando de 7 a 1. Mas né… uma coisa de cada vez! Animação técnica (Ok), dublagem (OK), trilha sonora (Ok), arte (Ok), roteiro (tá precisando refazer isso, ein!).
No final das contas vale conferir. Não é porque um jogador vai mal que o time não ganha. Com as vozes de Selton Mello, Paolla Oliveira e Dira Paes, o público vai poder prestigiar o nosso próprio filme de animação à la Pixar, com orgulho e diversão.