Aqui vão algumas informações rápidas sobre o filme:
- É uma cinebiografia.
- Estreou no Festival Varilux de Cinema Francês.
- Dirigido por Dida Andrade e Andradina Azevedo.
- A história se passa no século XIX.
Qual a história de “Madame Durocher”?
Baseado em fatos reais, o filme conta a história de uma jovem francesa que, apesar das tragédias pessoais, luta contra o preconceito para se tornar a primeira mulher parteira reconhecida como membro da Academia Imperial de Medicina. Uma produção que reúne as vencedoras do prêmio de melhor atriz no festival de Cannes: Sandra Corveloni, no papel de Madame Durocher, e Marie-Josée Croze, interpretando sua mãe.
Uma luta de resistência
O filme mostra Marie, uma jovem francesa que enfrenta barreiras para construir sua carreira como parteira, e dar voz aos seus ideais. Por se tratar de um filme que busca representar um ponto de vista, o de Marie, é compreensível que a câmera esteja sempre próxima da personagem, transmitindo como a personagem pensa, fazendo o espectador sentir suas dificuldades com intensidade.
Essas dificuldades se escalonam uma após a outra em um roteiro que pontua como a nossa sociedade do século XIX era machista e preconceituosa. Aliás, ela continua sendo machista e preconceituosa, e por isso o filme consegue conversar de maneira atual com o público. De certa forma, a luta de Marie é a luta de muitas mulheres ainda hoje.
Vale a pena ver “Madame Durocher”?
Por se tratar de uma biografia, o filme não se prende em temas desnecessários ou emotivos demais. Ele é direto ao ponto, o que pode deixar algumas pessoas mais curiosas a respeito da personagem.
A fotografia e a edição são muito bem trabalhadas, o que garante a qualidade do filme. De modo geral, Madame Durocher é um bom filme. Além de entreter, resgata a memória de uma mulher que foi extremamente importante para nossa história. Marie abriu portas e permitiu que outras mulheres seguissem seu caminho.
Nunca é demais conhecer nossa própria história, por isso digo que vale a pena ver Madame Durocher.