Madeleine à Paris

Onde assistir
"Madeleine à Paris": A história de um dos caras mais interessantes que você já ouviu falar na sua vida

Eu amo documentários, pois sempre nos apresentam histórias interessantíssimas sobre pessoas incríveis. E não foi diferente com Madeleine à Paris, documentário que conta a história de Robertinho Chaves, figura icônica em Paris e em Santo Amaro, na Bahia, e acredito que em qualquer outro lugar que ele quiser ir.

Robertinho era só um rapaz interessado em dançar lambada, que morava no interior da Bahia, quando foi convidado para fazer uma turnê mundial dançando. Apesar dos protestos do pai, ele se jogou de cabeça. E assim descobriu onde ficava a tal Paris. E como lá ninguém fazia a lavagem das escadarias de igrejas, ritual tradicional da Umbanda, ele decidiu que ia fazer. Arrebanhou um grupo e foi, primeiro nas escadarias mais baixas da Sacré-Cœur, e depois na igreja Madeleine, onde realiza o ritual há mais de 20 anos.

Mas não para por aí: além disso, acompanhamos Robertinho em seu trabalho noturno, como dançarino do cabaré Paradis Latin, em seu dia a dia como brasileiro vivendo em um país estrangeiro há mais tempo que viveu no Brasil, mas sem que sua brasilidade se perca.

Além de conhecer Robertinho, ouvimos as histórias de outros brasileiros que vivem em Paris e trabalham com ele no mega festival que se tornou a lavagem das escadarias de Madeleine. E o documentário ainda nos dá o prazer de acompanhar uma das edições do festival, emocionante e muito brasileiro. Lindeza ver brasileiros espalhando nossa cultura por aí, com um ritual lindo que prega paz e harmonia para todos, em uma cidade super desenvolvida, mas extremamente intolerante com manifestações religiosas.

O que mais me deixa surpresa é que a roteirista e diretora do documentário, Liliane Mutti, conseguiu entregar um filme lindo, sensível e cheio de histórias em 79 minutos! Aprendam como se faz diretores de Hollywood!

É isso então: corre pro cinema prestigiar o Robertinho e sua história, contada de maneira linda pela Liliane. Não esquece a pipoca 😉

Você também pode gostar...