Mergulho Noturno

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Habitantes dos cantos molhados da internet, sejam muito bem-vindos a um intenso mergulho noturno

Procurando firmar raízes em um ambiente de paz e segurança, com o desejo de recuperar a saúde e se reconectar com a família, Ray Waller, a esposa Eve, e seu casal de filhos Izzy e Elliot descobrem da pior maneira que a dor e o desmoronar estão mais próximos do que se imagina.

“Cuidado com o que deseja, o sonho pode se realizar”.

Levando em consideração sua nova realidade, Ray Waller, sua esposa Eve, e seus dois filhos Izzy e Elliot se encontram em busca de uma casa apropriada para as suas necessidades atuais. Devido às muitas mudanças de time pelos quais Ray passou em sua carreira, os Wallers nunca tiveram a chance de se fixar por muito tempo em um mesmo local, e assim desenvolver um relacionamento mais apropriado em família, e é exatamente isso o que eles pensam ter encontrado ao visitar uma espaçosa casa com uma grande piscina nos fundos, situada em uma comunidade hospitaleira em um aconchegante subúrbio.

No entanto, o que parecia ser o início de um sonho de uma vida pacata e acolhedora em que a família Waller finalmente seria capaz de aproveitar, se transforma em uma luta pela sobrevivência assim que eventos sinistros começam a se desenrolar a partir do primeiro Mergulho Noturno.

Ray Waller (Wyatt Russell) é um ex-jogador profissional de Baseball que sofre de uma séria doença degenerativa, que além de lhe tirar dos campos, mudou o seu estilo de vida, e a dinâmica de sua família.

Eve Waller (Kerry Condon) é uma mulher forte e inteligente, e além de tudo, uma esposa e mãe dedicada, disposta a fazer de tudo para garantir a integridade de sua família.

Izzy (Amélie Hoeferle) e Elliot (Gavin Warren) são respectivamente a filha mais velha e o filho mais novo do casal Wallen, e o coração família, comuns como qualquer adolescente ou criança poderiam ser, são vulneráveis mas corajosos, são pólos opostos, mas, são unidos, o que gera uma dinâmica entre irmãos mais realista.

A obra já estabelece sua assinatura visual e seu nível de horror na cena de abertura, uma direção de arte particular e impecável, demonstrando com imagem e som o que esperar ao longo do tempo, iniciando sua mitologia de maneira tímida, mas, pontual, a qual será explorada melhor em momentos chave da história.

As revelações e o “plot twist” dão ainda mais personalidade ao filme, plantando uma semente de curiosidade no espectador, o instigando a querer mais daquela história.

“Será que esse filme vai ter sequência?”, “Veremos mais dessa história no futuro?”.

A produção realmente se esforça em sair do básico, do simples, do “só mais um”, ao claramente “beber a água” de realizações cinematográficas e literárias diversas, em que ao mesmo tempo que demonstra ser um filme atual, proporciona uma nostalgia dos anos 2000 e 2010, com um pouco da magia dos anos 80 e 90.

Algumas das inspirações que podem ser notadas são das produções asiáticas que tomaram conta das telonas e telinhas nas décadas passadas, sejam as originais ou as versões ocidentais, como Água Negra, O Grito e O Chamado, além de também parecer ter vindo diretamente da mente de Stephen King, como em IT – A Coisa.

Algumas das características que me deixaram bastante contente com a minha experiência são as interações familiares, e o comportamento dos membros da família, a maneira que eles atual, sejam sozinhos ou em conjunto, demonstrando não somente suas personalidades ímpares, mas, também trazendo uma realidade familiar fácil de se relacionar.

Por mais de uma vez eu mesmo me enxerguei em certos personagens, que me levaram a uma viagem pela memória, “eu já fiz isso”, “isso já aconteceu comigo”, o que certamente tem poder de mexer com as emoções do espectador, criando uma imersão ainda maior com o longa.

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