Meu Malvado Favorito 3

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A família aumenta um pouco mais em “Meu Malvado Favorito 3”

A continuação da já consagrada animação da Universal em parceria com a Ilumination vem com mais do mesmo, mas é exatamente por isso que você tem motivos para continuar rindo. Tendo um protagonista e seu gêmeo (Gru/Dru), a esposa astuta (Lucy), filhas inteligentes (e uma delas muito fofinhaaaa, a pequenina Agnes), um vilão bem construído (Balthazar), e lógico os estupendos minions, ter mais do mesmo não é nada mau.

Meu Malvado Favorito 3 acaba lembrando muito os filmes de heróis, por conta de situações bem peculiares que remetem essa ideia. Um protagonista que é contestado por seus aliados que já não enxergam mais sua essência – sim, é o momento em que os minions vivem sua própria jornada num paralelo ao filme -; dramas familiares com super reviravoltas; o encontro com o irmão Dru, separado na infância, mostrando um Gru ainda mais dócil com as suas relações; e um grande algoz que faz todo embate parecer pessoal, com uma química superbem amarrada ao personagem principal, quase que por uma birra infantil.

Nesse terceiro filme a animação está mais voltada ao protagonista, mesmo que em dose dupla, a grande graça do desenho é a forma como Gru vivencia toda mudança que aconteceu na sua vida nos últimos tempos. O personagem é o foco principal de toda a graça e piadas do filme. Os minions e a adorável Agnes, tem grandes momentos por conta da inocência desses personagens e sua maneira lúdica de entender a vida.

E o bom de uma animação é poder desvairar na vida, inclusive na história e na geografia. O cenário principal do desenho é uma pequena cidade, hora com cara de México, hora com ares de Itália, mas tipicamente com tradições francesas, ou dos três países misturados e ainda por cima com um nome que não tem nada que lembre nenhum destes países. E no meio disso, um pequeno detalhe, a velocidade com que se é possível chegar em Hollywood.

Outro detalhe que também faz lembrar em muito um filme de herói é o embate entre mocinho e vilão, armas super tecnológicas, combatentes super resistentes, e uma mega destruição cenográfica. Fazendo pensar que se fosse live action, seria mundo Marvel ou DC com certeza. Mas fique tranquilo, no meio de tudo isso dá pra rir muito, as piadas são as mesmas, mas é por aí que a animação vem acertando.


O que não dá pra esquecer é que muito de tudo isso se dá graças ao excelente trabalho de dublagem de atores brasileiros. Leandro Hassum dá o tom adequado para os gêmeos, Maria Clara Gueiros consegue interpretar perfeitamente os trejeitos da personagem nas suas falas, e um vilão super anos 90 só mesmo Evandro Mesquita para acertar o tom.

É pra rir do mesmo, mas é pra rir muito!

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