Moca

Onde assistir
Emmanuelle Devos traz complexidade para "Moca"

O título de Moca, do diretor Frédéric Mermoud (Complices), acaba sendo menos enigmático do que deveria, um filme sobre vingança que é bastante inesperado. É um título apropriado para um filme que faz suspense com coisas muito sutis, entre sombras, a mãe interpretada por Emmanuelle Devos encontra-se impregnada de fúria pela morte de seu filho adolescente.

No filme, Diane (Devos) se torna uma mulher cheia de ressentimentos depois que seu filho sofre um acidente de trânsito. Até que ela decide ir atrás da pessoa que causou tudo, mas é surpreendida por uma mulher misteriosa.

Após uma sequência de abertura meio confusa, sem palavras, na qual vemos Diane escapar de um sanatório, o espectador é jogado de cabeça na história dela com seu filho Luc (Paulin Jaccoud, visto apenas em alguns flashbacks), atropelado por um Mercedes não identificado pela polícia. Quando ela não se convence de que a polícia foi minuciosa em suas investigações (quando a polícia é minuciosa com investigações que não sejam crimes de patrimônio?), ela resolve fazer algumas buscas por si só.

Não demora muito para que Diane encontre algumas pistas e é quando descobrimos junto com ela quem é o/a responsável pela morte de seu filho que a coisa fica ainda mais interessante. Diane é ambivalente sobre o que fazer com a pessoa e isso nos deixa grudados na poltrona para descobrir o que irá acontecer na próxima cena.

A imersão do público nesta trama de vingança é inevitável. O elenco está inspiradíssimo! Nathalie Baye está ainda melhor em Moca do que no recente É Apenas o Fim do Mundo, de Xavier Dolan. Observar o embate entre Devos e Baye é um deleite.

Moca se prova um belo material para seus atores trabalharem, um thriller dramático de primeira que não deve em nada para outros exemplares do gênero.

Você também pode gostar...