Nosferatu

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“Nosferatu” de Eggers: Um gótico hipnotizante

A adaptação do clássico de 1922, Nosferatu, com a direção visualmente impressionante característica de Eggers, oferece uma nova perspectiva sobre a lenda do vampiro, mas também apresenta alguns pontos que podem dividir a audiência.

O filme mergulha em uma atmosfera gótica densa e opressiva, com cenários sombrios e uma fotografia impecável. A direção de arte e a trilha sonora contribuem para criar uma experiência visual e sonora imersiva, transportando o espectador para um mundo de horror gótico, com uma estética que lembra muito o cenário musical do gênero black metal.

Bill Skarsgård, o ator, conhecido por seus papeis intensos e mudos, entrega uma performance marcante e original como Nosferatu, reimaginando o personagem. Sua aparência física e vocalização peculiar contribuem para a construção de um personagem aterrorizante e memorável.

Além do horror, o filme aborda temas como solidão, desejo e a natureza do mal. A relação entre os personagens principais é explorada de forma profunda, adicionando camadas de complexidade à narrativa.

No entanto, o longa possui um ritmo lento em determinados momentos, o que pode afastar parte do público. A duração extensa pode tornar a experiência cansativa para alguns espectadores que não apreciam uma obra mais ponderada. A ênfase excessiva nos aspectos visuais pode, em alguns momentos, prejudicar o desenvolvimento da narrativa. A história, embora interessante, pode parecer secundária em relação à construção de imagens impactantes.

Concluindo, Nosferatu é um filme que apreciam o cinema de terror gótico e a estética visualmente rica encontrarão muito a admirar. No entanto, aqueles que buscam uma narrativa mais acelerada e tradicional podem se sentir desapontados. Inevitavelmente, o remake será comparado ao filme original de 1922. Enquanto alguns elogiam a nova abordagem, outros argumentam que o clássico de Murnau é insuperável.

Não diria que Robert Eggers é o único diretor que poderia dirigir esse remake, mas posso afirmar que a versão dele ficou espetacular, em uma interessantíssima nova abordagem do icônico monstro. Mais uma obra prima para a perfeita filmografia desse excelente diretor.

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