Me senti muito velha assistindo O Auge do Humano 3, um filme estilo documental, com cenas em locais reais no Peru, Sri Lanka e Taiwan, com atores falando bizarrices como se estivessem convivendo no dia a dia. E o resultado é tipo uma peça de teatro bizarra e desconjuntada, com um monte de gente falando bizarrices em línguas que você precisa ler a legenda pra entender.
O filme já está na terceira parte. Ou seja, um experimento do experimento do experimento. Eu quase achei que ia transcender assistindo esse negócio, por vezes fechando os olhos e só curtindo a sonoridade das línguas, outras vezes acompanhando as cenas aleatórias, de gente aleatória que a câmera nem ajuda a criarmos empatia, pois a maior parte do tempo os personagens estão distorcidos pelas lentes da câmera, ou então a câmera está muito longe, ou falta iluminação, ou a câmera não está estável.
Tentei também analisar o ambiente, curtir as diferentes situações e aprender um pouco mais sobre a cultura local, já que a experiência (não vou mais chamar o filme de filme, pois acho que aqui ele já não cabe nessa caixinha de conceitos que entendo como “filme”) me permite espiar estes personagens interagindo em países bem diferentes. Mas como as intenções e falas são 100% aleatórias, como se os atores estivessem fazendo improvisações, não consegui aproveitar nada.
Aí desisti, e deixei a coisa rolar. Como um livro de fotos, com uma música de fundo, fui curtindo. Mas confesso que me sinto velha vendo isto.