O Paraíso

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"O Paraíso": Uma jornada sensível sobre amor e liberdade na adolescência

Qual o tamanho do nosso mundo quando temos 17 anos? Quais são os sentimentos e emoções que se fazem mais presentes? O Paraíso é o filme do My French Film Festival que escolheu um cenário inusitado para oferecer e discutir as respostas dessas questões.

Joe (Khalil Gharbia), é um dos atuais moradores de um reformatório juvenil. Em pouco tempo ele terá a oportunidade de conversar sobre seu caso e voltar à liberdade, e é exatamente neste momento que William (Julien De Saint-Jean) chega à instituição, influenciando completamente as decisões e o comportamento de Joe.

Antes de mais nada, os espectadores brasileiros precisam lembrar que este é um filme estrangeiro, que retratada uma história passada na França, por isso, estejam preparados para as gritantes diferenças observadas no sistema reformatório. Mesmo que essa possa não ser a realidade verdadeira da situação. Não parece haver uma quantidade maior de detidos do que o espaço permite, a rotina deles inclui atividades com música, arte, e rodas de conversas em espaços completamente adequados e materiais de qualidade, bem como práticas de trabalho que seguem o mesmo padrão, sendo que tudo é supervisionado por profissionais capacitados que não se excedem com o grupo.

Seguimos então para o filme em si.

É fácil nos sentirmos próximos da narrativa, não só porque a trama em si vai nos envolvendo com os personagens, mas também porque o ângulo escolhido para a filmagens mantém quase o tempo todo a mesma altura e plano, variando na distância quando há algo além para ser enquadrado. O efeito dessa escolha de filmagem é o de colocar quem assiste como um personagem a mais na cena.

Com essa conexão feita, a grande vantagem é poder não só assistir mas testemunhar como a liberdade, esse conceito e ideal tão grandioso, buscado por qualquer pessoa a vida inteira, é facilmente abandonado quando o amor está em jogo. O ponto alto da criatividade do longa é justamente sua capacidade de ilustrar o amor que aprisiona, e que nem por isso deixa de ser uma escolha, tão impulsiva e irracional como seria se estivesse sendo vivida por qualquer adolescente.

Afinal, é apenas imaturidade? Quais loucuras estamos dispostos a viver em nome daquilo que nos é mais importante? Assista a O Paraíso e descubra!

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