Aquele que souber contentar a crítica estará feito. Se adaptarem algo fazendo muitas mudanças, reclamam. Se adaptarem literalmente, reclamam. Vai entender. E olha que me enquadro nessa lista de reclamões.
“Os Normais 2: A Noite Mais Maluca de Todas” peca exatamente no quesito literalidade. O segundo filme, mais do que o primeiro, se passa por um episódio estendido do seriado global, apresentado no cinema, com técnica de cinema.
No filme, o casal mais do que normal, depois de 13 anos de “noivado”, se depara com uma crise e resolvem tomar uma atitude para apimentar a relação: fazer um ménage à trois.
Em sua busca pela parceira ideal na noite carioca, eles topam com as mais diferentes figuras: uma prima de Vani, uma frequentadora de karaokê, uma bissexual, uma lutadora de kickboxing, uma francesa e uma garota de programa.
Tirando algumas piadas inspiradas, para os fãs da série, o desfile de personagens e loucuras parece não funcionar na telona, embora saibamos que a realidade daquelas personagens seja essa. E falo como fã da série, não incondicional, mas um fã moderado.
O elenco, formado por vários nomes conhecidos da telinha, está bem. Luís Fernando Guimarães e Fernanda Torres parecem jamais ter deixado o papel de lado e reassumem Rui e Vani como se as filmagens desse longa tivesse acontecido 5 dias após o lançamento do anterior, não 5 anos.
A técnica está impecável, digna de filmes do gênero. A fotografia, enquadramentos, música e som se mostram bastante competentes. Deixando nas mãos do roteiro a real fragilidade da película. Seria mais normal, se depois de 5 anos, o roteiro tivesse sido melhor trabalhado. Resta esperar pelo já anunciado terceiro filme.