Pais e Filhas, filme do diretor Gabrielle Muccino, que fez excelentes filmes como À Procura da Felicidade, Sete Vidas e O Último Beijo, mas que infelizmente perdeu a mão feio neste melodrama que poderia ter sido lançado no dia dos pais como estratégia de marketing – talvez assim conseguisse mais telespectadores.
Pais e Filhas é um filme sobre o amor entre um pai e filha. Russel Crowe interpreta o escritor Jake Davis, que perde a esposa em um acidente de carro e precisa seguir em frente e cuidar de sua filha, a pequena Katie Davis (incrivelmente interpretada por Kylie Rogers). Mas o acidente deixa sequelas, e Jake tem ataques de convulsão constantes, o que o leva a se internar em uma clÃnica por 7 meses para a garantia de um futuro melhor para si e sua filha. Ele deixa a pequena Katie aos cuidados dos tios ricos, Elizabeth (Diane Kruger) e William (Bruce Greenwood). Mas ao término de sua recuperação, eles tem uma surpresinha para Jake: querem adotar sua filha. Ele vai embora com sua filha, tempestuosamente (com razão).
Então pulamos para 27 anos depois, com Katie já adulta (agora interpretada por Amanda Seyfried), trabalhando como psicóloga e assistente social, mas com um vazio sendo preenchido com momentos de sexo com estranhos. Intercalando cenas do passado e do presente, a história vai sendo construÃda aos olhos do público. Porém, assim como Katie sente que algo foi perdido nesses anos e ela não consegue estabelecer vÃnculos emocionais, as cenas são cortadas e jogadas meio desconexas e sem uma fluidez agradável. Uma cena particularmente emocionante é a de Jake e a pequena Katie cantando Carpenters (amo!).
Claro que Katie eventualmente conhece um rapaz fofÃssimo, Cameron (interpretado por Aaron Paul – uau, que voz!), um aspirante a escritor que se encanta pela filha de seu escritor predileto. Mas novamente temos cenas mal montadas, como a conexão meio forçada entre Katie e uma menininha, Lucy (Quvenzhané Wallis), que sofreu um grande trauma e da qual ela cuida.
Talvez alguns se identifiquem com os dramas dos personagens, com o elenco estelar que atua da melhor forma possÃvel mesmo com um roteiro meio fraco, mas pra mim fica difÃcil superar o final com uma música de Michael Bolton, que foi a gota d’água.
Nota:
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Pais e Filhas
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