Grace de Mônaco indubitavelmente seria um filme controverso. Os herdeiros da atriz/princesa declararam inúmeras vezes que a representação em tela passou longe de um retrato fiel de sua famÃlia. Além disso, o diretor Olivier Dahan (Piaf – Um Hino ao Amor) teve problemas para acertar o corte final do longa com o produtor Harvey Weinstein.
Tendo estas realidades em mente, o espectador poderia se preparar para o pior. Mas o filme não é tão ruim quanto se esperava. É absurdo, mas tem seus méritos como um conto de fadas moderno (como o roteiro nos lembra diversas vezes ao longo da projeção).
O filme não é uma cinebiografia de Grace Kelly, mas sim um relato ficcional de um perÃodo de sua vida, que combina uma crise conjugal com o fato dela desejar retornar para Holywood graças a um convite de Hitchcock para atuar em Marnie.
Nicole Kidman (As Aventuras de Paddington) dá o seu melhor no papel tÃtulo, mas no fim das contas o filme se preocupa mais em vesti-la com trajes luxuosos do que aprimorar as nuances dramáticas da personagem que ela retrata.
Tim Roth (O IncrÃvel Hulk), por outro lado, é a melhor coisa do filme. Seu desempenho como o prÃncipe Ranier é discreto e ele se mostra um homem preso em seus próprios sonhos de modernização de seu paÃs, face a ameaça de uma invasão francesa ao seu território.
O filme seria melhor se assumisse seu gênero como um drama polÃtico ao invés de um desfile de Grace preparando o plano mestre que salva a nação de seu marido. É um longa superficial, mas se você tiver isto em mente ao assisti-lo, não é um desastre completo.
Nota:
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