Ilha do Medo

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O que é real e o que é ilusão em "Ilha do Medo"?

“Ilha do Medo”, novo filme de Martin Scorsese após o Oscar por “Os Infiltrados” é um filme pra lá de inteligente. Um filme que brinca com a história que tem para contar, de forma artesanal, construindo assim um thriller de mistério, através do roteiro de Laeta Kalogridis (“Alexandre”).

Leonardo DiCaprio estrela o filme, como um agente federal que investiga o desaparecimento de uma paciente da “Ilha do Medo” (“Shutter Island”, no original). Na ilha o psicológico do personagem se mescla com o político, o trauma pessoal com a angústia.

O ano é 1954. O mundo está lidando com suas próprias loucuras. Enquanto isso, Teddy (DiCaprio) e seu novo parceiro, Chuck (Mark Ruffalo, de “Ensaio Sobre a Cegueira”), investigam o desaparecimento da paciente 66.

Aos poucos, as reviravoltas vão envolvendo. Os clímax do personagem principal são os pontos fortes para essas reviravoltas de uma trama inteligente e sagaz.

Scorsese permeia o filme com uma série de referências a outros filmes e ao próprio cineasta. A música, relembra clássicos do cinema noir, com maestria. E o roteiro, baseado no romance de Lehane, que também criou “Sobre Meninos e Lobos” explora todas as nuances possíveis.

O filme é diferente apenas na maneira como tenta reerguer o gênero de conspiração, depois de tantos filmes previsíveis e chatos.

Depois, ficam as perguntas: O que é real? O que é ilusão? O que é errado? O que é certo? “Ilha do Medo” pode não ser um primor, mas ao nos fazer essas perguntas mostra que é um ótimo filme sobre a loucura e a paranoia.

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