Kuessipan

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As dores do crescimento e a amizade são as duas temática principais desse longa canadense

Essa é mais uma história de amizade, crescimento, família. Mikuan e Shaniss são amigas desde sempre. As duas garotas inuítes, vivendo em uma reserva em Quebec, no Canadá, são muito diferentes: Mikuan tem uma família amorosa e estável, enquanto Shaniss vive na casa de parentes. E isso vai refletir na vida adulta delas, e até mesmo chacoalhar sua amizade.

A diferença é a maneira como essa história é contada pela diretora Myriam Verreault, também roteirista desse longa juntamente com Naomi Fontaine. Por ser um filme que se passa em uma comunidade indígena, segregada a uma pequena reserva – em um determinado momento, inclusive, Mikuan fala que a reserva parecia muito maior quando ela era uma criança, fazendo referência ao seu crescimento e amadurecimento –, a história tem tudo para seguir o caminho das discussões – necessárias – sobre minorias. Mas – com muita naturalidade – a diretora envereda por outras paisagens, e o que acompanhamos é a vida de duas garotas, se tornando adultas, com todas as dores do crescimento.

E longa é lento e bem longo – quase duras horas de duração. Mas cada minuto é precioso e você fica grudado à tela durante toda sua duração. Será que Mikuan, uma garota com pretenções muito maiores que a extensão do pequeno território inuíte, vai mesmo estudar fora e se tornar uma escritora? Será que Shaniss vai conseguir se desvencilhar de seus relacionamentos abusivos e buscar sua essência? Pequenos questionamentos, mas muito profundos e bem trabalhados, com personagens verdadeiros e com os quais você vai se conectar.

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