O Cavaleiro Solitário

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Há uma aventura selvagem e divertida enterrada bem no fundo de “O Cavaleiro Solitário”

Há uma aventura selvagem e divertida enterrada bem no fundo de “O Cavaleiro Solitário”. Tão no fundo que você vai sair do cinema, sem perceber. O filme é um entretenimento animado, nas poucas vezes em que consegue levantar vôo.
Mas o êxtase nunca dura muito tempo. O diretor Gore Verbinski e o produtor Jerry Bruckheimer (ambos de “Piratas do Caribe”) adotam a abordagem mais-é-melhor já presente nas seqüências da série dos bucaneiros, com tantos personagens bizarros e subtramas irrelevantes que o filme se torna um teste de resistência ao sono, pontilhado por pequenas manchas de diversão, aqui e ali.

A história é narrada em flashback e nem os três vilões presentes na trama causam uma sensação de perigo inerente. A impressão que fica é que a opção por essa narração em flashback é apenas para colocar Johnny Depp na maquiagem do velho personagem.

Feito com um exorbitante orçamento de $250 milhões, a parte técnica é bastante exuberante. Mas é só. Poderiam enxugar o visual, focar numa história interessante e ter um filme espetacular. Nada é mais aprofundado, nem a exploração de chineses para construir as ferrovias e muito menos o genocídio dos nativos americanos (o que é de se esperar de um filme família da Disney). Tudo é arremessado em você (sorte que não em 3D), no mesmo tom de velocidade das locomotivas da história, o que acaba relegando os próprios protagonistas a papéis de secundários simpáticos em sua própria história.

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