O Mensageiro

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"O Mensageiro" entrega o que tem a dizer, sem sensacionalismo ou posicionamento político

Como se dá uma má notícia, a pior notícia, a notícia que altera para sempre a vida de alguém?

Não há nenhum livro de regras sobre como dizer a alguém que seu filho, filha, marido ou esposa morreu na guerra. Pelo menos é que pensávamos até agora.

Acontece que há um protocolo que o capitão Tony Stone (Woody Harrelson) segre rigidamente em “O Mensageiro”. Este protocolo determina que os soldados devem simplesmente entregar a mensagem da morte. Sem abraços, sem consolo. Dê a notícia e vá embora.

Enquanto isso, Sargento Will Montgomery, ferido com heroísmo no Iraque, retorna para ajudar Stone em seu trabalho de notificação. Mas em meio a uma das “notícias” o sargento acaba por se envolver com uma viúva, causando uma extrema violação ao protocolo imposto pelo capitão, irritando-o.

Mas a relação, Montgomery/Olívia, é secundária no filme. O vinculo real é entre o capitão e o sargento. Eles compartilham muito pouco em comum, além do dever. Mas esse dever é tão incrivelmente intenso que supera a maioria de suas diferenças.

As reações dos sobreviventes é uma incógnita que move a trama de uma forma bastante interessante. Às vezes não há tristeza, mas há a descrença, a negação, a apreciação, a raiva, até mesmo violência. Para ambos os personagens, há culpa.

“O Mensageiro” entrega o que tem a dizer, sem sensacionalismo ou posicionamento político, em meio a interpretações dignas de prêmios. Uma mensagem que o torna ainda mais poderoso.

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