O Sequestro do Metrô 1 2 3

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Em "O Sequestro do Metrô 1 2 3" Tony Scott faz o que sabe fazer de melhor: correria

Se tem uma dupla de roteirista e diretor com mais altos e baixos do que Brian Helgeland e Tony Scott, preciso descobrir. Enquanto Helgeland foi responsável por escrever filmes totalmente diferentes entre si como o excelente “Sobre Meninos e Lobos” e o péssimo “O Mensageiro”, Tony Scott, irmão de Ridley Scott (“Alien”), é mais conhecido pelos filmes de correria que vem dirigindo desde a década de 90.

Em “O Sequestro do Metrô 1 2 3”, repetição da parceria entre Scott e Helgeland, juntamente com Denzel Washington, que também estrelou o longa anterior da parceria (“Chamas da Vingança”), a dobradinha parece não ter dado tão certo como se esperava, embora, a película deixa claro a que se propõe.

O longa acompanha um controlador de tráfego do metrô de Nova York, que tem seu dia transformado em caos por um sequestro de um dos vagões do metrô. Enquanto o bandido e o mocinho trocam palavras e ameaças pelo rádio do carro sequestrado e a tensão aumenta entre ambos, o controlador tenta usar seu conhecimento do sistema em jogadas para salvar os reféns.

Pode até ser que no filme em questão não haja cenas memoráveis ou atuações marcantes (até porque John Travolta, como o sequestrador do metrô, não me convenceu). Mas a correria e o embate entre os protagonistas, mesmo que pelo rádio, prende. E enquanto dura a projeção queremos saber até onde aquelas pessoas podem chegar para alcançar seus objetivos.

Ao fim de “O Sequestro do Metrô 1 2 3” não restam dúvidas de que o filme, assim como quase todas as refilmagens americanas dos últimos tempos, é apenas uma atualização do material. E para os saudosistas, como eu, melhor sair procurando o filme original.

P.S.: O longa anterior foi filmado em 1974, dirigido por Joseph Sargent.

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