É bem verdade que a franquia Transformers sofre de um grande problema: tudo acontece rápido demais. É bem difícil não se perder diante tanta explosão e uma quase tonelada de detalhes que voam pela tela. A pirotecnia é tamanha que quase se sobrepõe à trama. Afinal de contas, para que ter uma história boa quando se tem tiro, porrada e bomba não é mesmo? Michael Bay parece acreditar nisso. E os meninos do ensino fundamental que moram aqui no condomínio também.
Após o primeiro filme, percebe-se uma infantilização nas sequencias que se seguiram. O humor ficou bonachão e a trama muita rasa. Não era preciso esforço algum para compreender o que se passava no filme. Enquanto os personagens humanos tinham um desenvolvimento razoável, os personagens transformers recebiam pouca atenção. E eram muitos personagens transformers, o que na tela fazia com que o espectador não conseguisse distinguir um do outro. E isso piora com cada novo filme que é lançado, já que o roteiro não os desenvolve como nos filmes anteriores.
Em Transformers: O Último Cavaleiro, quinto longa da franquia, personagens como Optimus Prime já não tem mais a oferecer. Quem dirá Megatron. Esse se transformou em coadjuvante. No novo longa o inimigo da vez é Quintessa, uma espécie de feiticeira robô, mas mais uma vez o desenvolvimento da personagem é precário.
Pra ser bem sincero, esse Transformers é melhor que o último, mas mesmo assim continua sendo muito ruim. Nesse último filme temos a introdução de magia e a lenda do Rei Arthur como fundo, e mesmo assim não foi o bastante.
Não sei o que pode ser pior, misturar transformers com dinossauros ou com a lenda do Rei Arthur. Vou deixar essa batalha para Michael Bay, que parece nunca cansar de nos surpreender com a franquia. Não sei bem o que sentir a respeito do fime, talvez se eu fosse um menino de classe média por volta dos 10 anos de idade, com certeza eu iria amá-lo. Mas como não sou…