De todos os lugares em que um meteorito poderia cair, um zoológico certamente não estaria no topo da lista. Mas é exatamente aí que começa a aventura de Zoopocalipse: Uma Aventura Animal: a pedra vinda do espaço traz consigo um vírus capaz de transformar os animais em zumbis, e cabe a Gracie, uma jovem loba nascida em cativeiro, e ao recém-chegado leão-da-montanha Dan, liderar uma improvável resistência.
O filme aposta numa mistura ousada de gêneros, há traços de terror, bastante ficção científica, mas tudo embalado por uma animação leve e colorida, claramente pensada para o público infantil. O resultado é divertido, dinâmico e engraçado, encontrando um jeito de modernizar fábulas clássicas ao mesmo tempo em que preserva mensagens atemporais de amizade, liberdade, confiança e trabalho em grupo.
O grupo de protagonistas é carismático e variado, com personalidades que garantem o ritmo da narrativa, desde o lêmure cinéfilo Xavier até o impetuoso Dan, cada um traz uma energia própria à trama. Essa diversidade é um dos pontos altos do filme, funcionando como convite para que diferentes espectadores se identifiquem com os personagens.
Com um tema que poderia facilmente escorregar para o exagero, Zoopocalipse consegue se manter leve e envolvente. É uma boa chance de prender o público infantil à tela do cinema, oferecendo risadas, aventura e até alguns sustos controlados.
Na versão brasileira, a personagem principal ganha a voz de Viih Tube, e a curiosidade em ver como essa escolha vai ressoar com o público certamente adiciona uma camada de expectativa à experiência.
No fim, o longa se destaca não por reinventar o gênero, mas por dar um toque inesperado ao universo dos zumbis.
