A Cabana

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“A Cabana” nos mostra o reencontro de um pai descrente com sua fé

Mackenzie cresceu em um lar um pouco turbulento, embora sua família fosse religiosa. Seu pai era alcoólatra e sua mãe era quase sempre violentada. Sem ter à quem pedir ajuda, o garoto cresceu introspectivo e muito ligado à fé.

Já adulto, Mack vive com sua esposa Nan. Os dois têm uma família com três filhos exemplares: Kate, Josh e Missy. Durante um acampamento em família, a vida de seu filho é posta em risco quando o barco em que ele estava vira-se no lago. Enquanto Mack tenta salvar Josh e todos os olhos estão voltados para a cena, Missy desaparece.

Após horas de busca, a única coisa que encontraram de sua filha mais nova é o vestido que ela usava naquela manhã, dentro de uma velha cabana na floresta, sujo e com muito sangue.

Depois do trágico acontecimento, Mack perde a fé e isso reflete no modo como ele lida com as pessoas e o mundo a sua volta. Além de culpar-se por ter deixado tal incidente acontecer, ele não perdoa Deus por não ter impedido o ocorrido.

Certa vez, enquanto limpava a neve da calçada, Mack recebe uma carta de um remetente um tanto peculiar e começa a questionar sua sanidade. A carta é, na verdade, um convite para que ele visite a cabana em meio a floresta, a mesma onde os policiais encontraram vestígios do assassinato de sua filha.

Pensando tratar-se de uma brincadeira de mal gosto ou mesmo uma provocação do assassino, Mackenzie é tomado por um enorme desejo de vingança e vai até o local onde revive as cenas daquele terrível dia. Mas para sua surpresa, ele encontra mais do que a velha cabana na floresta.

A obra não foge muito dos roteiros do gênero; em muitos dramas religiosos é possível saber qual será o desenrolar da trama e, neste caso, fica bem óbvio.

Ainda assim, durante a projeção, existem alguns pontos que surpreendem o expectador, seja por uma mudança no ritmo ou por algo que foge do previsível. A propósito, o filme tem um ritmo que oscila bastante, ganhando melhor fluidez apenas durante seu último terço.

Há momentos emocionantes, mas não é possível identificar no enredo passagens tão marcantes para justificar o sucesso estrondoso que o livro, no qual se baseia, alcançou há uma década.
Entretanto, é inevitável fazermos uma autoanálise sobre nossos preceitos e julgamentos ao sermos envolvidos pela trama.

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