A Maldição do Queen Mary

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"A Maldição de Queen Mary" tinha tudo para ser aterrorizante, mas infelizmente se tornou entediante

Para quem não conhece a história do transatlântico Queen Mary, ele foi reconhecido como o maior transatlântico do mundo transportando várias personalidades famosas (cantores), membros da realeza e astros de Hollywood, mas nem só de glórias Queen Mary “viveu”, sua história conta com relatos de 48 mortes, além de vários rumores de assassinatos e mortes inexplicáveis, tornando assim Queen Mary um dos lugares mais assombrados de todo o mundo, e no filme veremos algumas dessas histórias/mortes. Ah, o navio foi construído pela mesma empresa que fez o Titanic, acho melhor mudarem de ramo, ou o navio afunda ou se torna um lugar maldito, eu hein, tô fora desses cruzeiros, mas agora vamos ao que interessa.

O filme é longo, longo demais, suas duas horas de duração o tornam extremamente cansativo e mesmo tendo a história principal e várias micro histórias e a longa duração o filme não consegue desenvolver realmente bem nenhum personagem e nenhuma das histórias, uma das principais revelações, a que era para ter um grande impacto em quem assiste ao filme é feita de forma banal e trivial, você nem se importa, só solta um “vish é mesmo?” caso não tenha percebido que isso aconteceu mesmo já antes de revelarem, e gente, na boa hein, ficou bem evidente que aconteceu isso.

As atuações são boas, esse não foi o problema, o grande problema mesmo foi não conseguir desenvolver bem a história como um todo e nem os personagens, fica tudo muito vazio, jogado ali sem função.

Algumas cenas de mortes foram muito bem feitas, isso eu preciso admitir, nada uauuu, mas foram bem feitas e como o filme estava cansativo e fraquinho elas acabaram sendo um alívio e uma pequena ponta de esperança que a coisa fosse engrenar a qualquer momento, infelizmente não foi esse o caso.

Gary Shore que já dirigiu “Drácula: A História Nunca Contada” (2014) e um curta chamado “Dia de São Patrício” (2016, sendo um dos seguimentos do filme Feriados), dessa vez com Queen Mary, que inclusive participou do roteiro, não foi feliz.

Com todas as suas lendas, mortes, histórias e fama Queen Mary ficaria perfeita nas mãos de Mike Flanagan (A Maldição da Residência Hill, A Maldição da Mansão Bly, Missa da Meia-Noite), por exemplo, viram que ele gosta de maldição né, todo o potencial de Queen Mary em uma série com 8 ou 10 episódios de 40 minutos nas mãos de Mike Flanagan envolvido diretamente no roteiro também seria algo incrível, poderia abordar melhor cada história mostrada no filme, envolver mais o expectador com os personagens, criar aquele clima de terror, desespero e até mesmo drama e tristeza dependendo da história, nossa gente eu já tô vendo a série na minha cabeça e quero que vire realidade porque ia ficar boa demais, mas enfim né, não é isso que temos para hoje, infelizmente.

Eu não gostei, tanto o Navio (cenário) como toda sua história poderiam render algo bem melhor, no fim o filme não assusta, não cativa, não impressiona, ele tenta tudo isso, mas falha em todos os sentidos.

Boa sorte aí, espero que gostem mais do que eu (não será difícil rs)

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