Ou os produtores de filmes de terror não se antenam no que já foi feito ou preferem investir numa fórmula batida e praticamente sem graça. É o caso dessa “A Órfã” que, apesar do bom elenco, tem um roteiro mais raso e previsível do que era de se esperar.
A moda no gênero é usar de crianças para gerar o terror, ou casas mal assombradas, ou espíritos malignos. Isso quando a coisa já não é uma refilmagem de longas de outros países.
Nesse caso, a ideia é uma história original dos roteiristas David Johnson e Alex Mace. Bem, na verdade, nem tão original.
Na trama, um casal acaba perdendo um de seus filhos durante o parto, o que faz com que, apesar de já terem dois filhos, resolvam adotar uma terceira criança em um orfanato. Mesmo sabendo das dificuldades da adoção de uma criança crescida, a aparente maturidade e carisma de Esther os conquista. Porém, por trás daquele sorrisinho infantil, há uma menina maléfica que leva toda a família a loucura.
O filme investe em sustos baratos que nada acrescentam a trama e quando sustos verdadeiros poderiam ser tirados, a impressão que dá é que já cansamos daquilo tudo.
A trama não é das mais envolventes, visto que vários filmes com crianças-terror já foram lançados. A câmera, embora bem trabalhada, denuncia um susto que está a caminho e a trilha é sofrível.
Mas qual o ponto positivo do filme? O elenco está extremamente bem. As crianças dão um banho, principalmente a filha do casal, que nasceu com um problema de audição. Enquanto a órfã do título mostra explosões de humor bem caracterizadas.
Ao fim da projeção resta apenas a vontade de que, o roteiro do longa tivesse sido melhor trabalhado, não deixando apenas nas costas do elenco carregar todo o peso do filme, enquanto o mesmo acontece.