A Possessão do Mal

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É, faz tempo. Faz tempo que não assistia a um filme de terror que me deixava assim tão perturbada. Putz, a resenha de um filme de terror que começa assim já te anima a ir ver o dito cujo, né, não? Mas segura aí, porque temos bastante coisa pra conversar sobre A Possessão do Mal, o lançamento de terror da semana (do mês, do ano) que requer um pouco da sua atenção antes de você correr comprar o ingresso e a pipoca. Vem comigo 😉

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Primeiro deixa te contar um pouquinho sobre a história em si, que é bem simples. Michael King é um cético com uma família feliz. Dois minutos dentro do filme ele perde a esposa, e pira. Decide provar que demônios “no ecsisten” (já dizia Quevedo…), que possessão é besteira etc. e tal, documentando pessoas que já tiveram alguma ligação com o dianho, além de suas próprias experiências (a ligação da morte da esposa com esta nova resolução não é muito bem justificada, mas a gente engole pra poder checar como isso vai terminar). Entrevista vai, entrevista vem, experiências aqui e ali, o moço logo nota que tem alguma coisa estranha acontecendo, e o resto é história.

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Bom, vamos tirar uma coisa do caminho já de cara: o filme não inventa a roda, não! Ele bate na mesma tecla do (já) velho found footage (que nos trouxeram pérolas como Bruxa de Blair, REC e Atividade Paranormal). Está cheio de clichês horrorosos, falhas de roteiro imensas, fica um pouco cansativo e repetitivo no meio… mas é assustador, sim. Não o estilo assustador de Invocação do Mal, ou outros filmes que nos deixam na beira da cadeira e pregam sustos com seus fantasmas e tal. Este filme é perturbador, nojento, daqueles de ter que tirar o olho da tela de vez em quando, ou lembrar de respirar. Uma mistura de O Exorcista com Jogos Mortais. Tá, bem de leve aí nos Jogos Mortais, mas tem umas ceninhas sangrentas que vou te contar… Minha irmã acompanhou atentamente o cara fazendo uma sutura no próprio peito (no qual ele tinha desenhado uma estrela de seis pontas na noite anterior), mas eu não quis nem saber.

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O filme trata de demônios, de possessão. Não tem profundidade, não apresenta dados, fatos científicos, especialistas falando, nada. Somente usa a sua imaginação (e seu conhecimento prévio sobre religião ou mesmo possessão de outros filmes) para preencher as lacunas que o maluco do Michael vai deixando entre uma experiência e outra. Ele procura um casal que diz poder invocar um demônio através de certos rituais. Tudo balela, bobagem, mas bem atuado pra convencer o freguês. Aí ele procura um necrófilo, que realiza rituais em corpos “frescos” para atrair a alma do defunto no corpo do freguês. Wow! Tudo isso nos convence, e parece que convence Michael também, de que alguma coisa foi atraída para este mundo e está tomando conta do corpo dele. E obrigando ele a fazer coisas que ele não faria em sã consciência. Mas a pergunta que fica é: ele está mesmo possuído? Ou só ficou mesmo é muito perturbado com tudo que viu e ouviu?

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Seja lá o que for, o grau de perturbação da sua pessoa no fim do filme vai ser diretamente proporcional à sua educação religiosa. Eu cresci ouvindo muito falar em demônios, e anjos, e todas estas coisas. E o filme me deixou bastante impressionada. Concordo com o Quevedo que demônios não existem, mas quem vai querer brincar com um lance desses? Nem que me pagassem! E você? Toparia? 🙂

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É isso por hoje, bom filme, aproveite pra comprar muita pipoca e doce, porque a noite (vá ver à noite, né?) vai ser longa e tensa.

Nota:

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