“A Última Terra” narra a história de um camponês que cuida da esposa à beira da morte. São três personagens e nenhuma fala: dois idosos e o fogo. O filme é o primeiro longa de Pablo Lamar, que buscou construir uma relação delicada entre esses personagens. Em alguns momentos, foi bem-sucedido, já em outros…
A impressão é que o filme foi finalizado como um média-metragem, mas decidiram torná-lo um longa. O resultado disso parece uma inserção de planos sem propósito no decorrer do filme.
O que mais chama a atenção é o design de som, muito bem construído em algumas partes. Nos planos mais angustiantes do filme, mesmo que decidamos não ver a ação, o som nos obriga a participar.
A fotografia e a atuação são belíssimas. Há momentos em que os planos parecem quadros, tamanha a beleza da fotografia. Mas então, entram os planos de enxerto de pura enrolação, e o encantamento se perde. Lamar deveria ou finalizar o filme com 60 minutos ou assumir um média-metragem. O filme se tornaria muito mais impactante.