Branca de Neve

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Uma nova magia em "Branca de Neve"

A Disney continua sua jornada de reimaginar clássicos animados para o formato live-action, e agora é a vez de Branca de Neve receber um novo olhar. Sob a direção de Marc Webb e com um roteiro que leva a assinatura de Erin Cressida Wilson, o filme busca equilibrar a nostalgia com uma abordagem renovada. O resultado é um espetáculo visual encantador, que encontra sua força na atuação magnética de Rachel Zegler e na grandiosidade musical de suas novas canções.

Zegler carrega o filme com uma performance carismática e uma presença luminosa digna de uma princesa da Disney. Seu canto, já elogiado em Amor, Sublime Amor, brilha ainda mais aqui, trazendo emoção às músicas inéditas e resgatando a delicadeza da personagem original. A escolha de aprofundar os anseios da protagonista, transformando-a em alguém que busca seu próprio caminho como líder, adiciona camadas interessantes à narrativa sem perder a essência do conto de fadas.

A Rainha Má, vivida por Gal Gadot, é outro destaque. A atriz se diverte no papel, entregando uma vilã que equilibra elegância e ameaça. Se por um lado sua presença é cativante, por outro, há momentos em que sua atuação poderia ter um tom mais sombrio para tornar o perigo mais palpável. Ainda assim, suas cenas são visualmente deslumbrantes, e sua interpretação da cena da icônica maçã envenenada traz um dos momentos mais marcantes do filme.

No quesito visual, Branca de Neve é um deleite. A paleta de cores vibrante e os cenários detalhados recriam o encanto do original. Os animais animados digitalmente, sempre um ponto de discussão nesses remakes, funcionam bem ao lado dos personagens humanos, adicionando um toque de magia sem destoar do realismo que tenta se buscar no longa.

As novas músicas compostas por Benj Pasek e Justin Paul, responsáveis por sucessos como La La Land: Cantando Estações e O Rei do Show, trazem frescor à trilha sonora. Algumas delas são instantaneamente cativantes e complementam bem as canções clássicas. No entanto, nem todas alcançam o impacto das melodias icônicas do longa de 1937, o que pode deixar um gosto agridoce para os fãs mais puristas.

Mesmo com seus méritos, o filme não escapa das polêmicas que o cercaram desde o anúncio. A refilmagem se tornou alvo de críticas antes mesmo de seu lançamento, mas, no final das contas, Branca de Neve se sustenta por conta própria. A direção de Webb mantém o ritmo ágil e a essência do conto original, garantindo que a história continue acessível para novas gerações sem parecer excessivamente modernizada.

No fim, Branca de Neve pode não ser a refilmagem definitiva dos clássicos da Disney, mas consegue capturar a magia que tornou a animação original tão inesquecível. Com uma protagonista encantadora, uma estética primorosa e momentos musicais envolventes, o filme tem tudo para conquistar um novo público e reforçar o encanto desse clássico atemporal.

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