Em Caindo na Real temos o prazer de rever Maria Clara Gueiros, que interpreta Marlene, mãe do Príncipe Maurício (Vitor Lamoglia), sendo a vilã, não tão má, do longa. A trama se passa em um Brasil imaginário onde Tina, interpretada por Evelyn Castro (Porta dos Fundos), é a heroína chapeira de uma lanchonete em Marechal Hermes, subúrbio carioca. Ela, que não tem tempo para nada, nem para namorar seu possível par romântico, Barão (Belo), acaba sendo levada para Brasília para assumir seu posto de Rainha do Brasil após um golpe político orquestrado por Alaor (Maurício Manfrini).
Manfrini, como o ardiloso Conselheiro Real, tenta enganar Tina, mas ela demonstra ter mais tutano que muitos por ali.
Embora não seja um filme que me agrada particularmente, reconheço que há aspectos positivos na produção. Ele traz um humor característico que satisfaz boa parte dos brasileiros e reflete sobre temas atuais, abordando a relação entre classes sociais de um Brasil em crise. Defende a democracia em tempos difíceis, utilizando o romance entre Tina e Barão para demonstrar as dificuldades de conciliar trabalho e amor.
Uma das participações mais memoráveis é a de Carlos Moreno, no papel de Mordomo do Palácio Real, que desperta nostalgia ao lembrar dos icônicos comerciais da Bombril. Para mim, essa foi uma das melhores surpresas do filme. Outras participações especiais, no entanto, não têm o mesmo brilho, mas garantem algumas risadas.
Dirigido por André Pellenz, com roteiro de Bia Crespo, Caindo na Real vai agradar aos pagodeiros de plantão e àqueles que conseguem rir das piadas do extinto Zorra Total!