Digimon Adventure 02 – O Início marca o retorno da amada franquia com uma continuação de Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna, explorando as vidas dos protagonistas uma década após os eventos do filme anterior. Como fã de Digimon, é emocionante testemunhar a evolução desses personagens e a expansão do universo digital, sem contar na qualidade incomparável da animação.
O filme nos apresenta a Daisuke Motomiya (Fukujurou Katayama), agora adulto, e seus companheiros digiescolhidos, cujas vidas estão passando por transformações físicas e de estilo. A trama se desenrola quando um enorme Digitama surge acima da Torre de Tóquio, introduzindo o misterioso Lui Ohwada (Megumi Ogata), o primeiro digiescolhido na história.
A narrativa surpreende ao desviar das expectativas de uma simples reunião, optando por explorar uma nova história que preenche lacunas deixadas pela segunda temporada da série original. Entretanto, para alguns fãs, isso pode parecer um afastamento das raízes nostálgicas e um foco excessivo em um personagem novo, Lui.
A inclusão de Lui Owada traz mudanças significativas à mitologia original de Digimon. Embora isso ofereça aspectos positivos e negativos à franquia, a decisão de dar destaque a um novo protagonista pode desapontar aqueles que ansiavam por mais momentos com o elenco principal.
Digimon Adventure 02 – O Início possui momentos de ação incríveis, especialmente quando as evoluções favoritas dos fãs retornam em batalhas empolgantes. A animação está excepcional, destacando-se em detalhes visuais e design de personagens. O filme também aborda questões emocionais, explorando aspectos do passado de Lui de maneiras inéditas na franquia.
No entanto, a falta de enfoque nos personagens principais é uma desvantagem, especialmente após o impactante Last Evolution Kizuna. A trama de Lui parece ocupar um espaço desproporcional, deixando os protagonistas originais em segundo plano, o que pode frustrar os fãs que esperavam uma celebração mais equilibrada.
Em resumo, Digimon Adventure 02 – O Início oferece uma experiência interessante e autônoma que permite aos fãs se reconectar com seus personagens favoritos. Apesar de momentos emocionantes e mudanças intrigantes na mitologia, a falta de foco nos protagonistas originais pode diminuir o impacto geral da narrativa. Como fã, apreciei demais a oportunidade de retornar a esse universo, mas desejando mais destaque aos heróis de minha infância. De qualquer forma, já é válido pela mensagem para as crianças: é preciso guardar os dispositivos eletrônicos e conversar mais uns com os outros.
