Meu Bolo Favorito é um filme iraniano que, apesar de seu título aparentemente simples, aborda temas profundos e complexos sobre a vida, o amor e a liberdade, tudo isso em um contexto social e político particular.
O filme nos apresenta Mahin, uma mulher de 70 anos que, após a morte do marido e da filha, busca um novo sentido para a vida. Seu encontro com Faramarz, um taxista solitário, desencadeia uma história de amor emocionante e realista, que desafia os estereótipos sobre o amor na terceira idade.
O filme não se limita a uma história de amor. Ele também tece uma crítica sutil, mas incisiva, à sociedade iraniana, especialmente às restrições impostas às mulheres e à falta de liberdade individual.
O filme em si é uma forma de expressão artística que desafia as normas e as convenções. A decisão dos diretores de abordar temas considerados tabus no Irã demonstra sua coragem e seu compromisso com a liberdade de expressão.
Os atores principais, Maryam Moghaddam e Esmaeel Mehrabi, entregam performances concisas e emocionantes, dando vida a personagens complexos e multifacetados.
A direção de Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha é marcada por uma grande sensibilidade e uma capacidade de captar a beleza e a fragilidade da vida. O roteiro equilibra momentos de humor e drama, construindo uma narrativa envolvente e emocionante.
Alguns espectadores podem achar o ritmo do filme um pouco lento, especialmente no início. O filme aborda temas como a morte, a solidão e as restrições sociais, o que pode ser difícil para algumas pessoas.
Concluindo, Meu Bolo Favorito é um filme que merece ser visto e apreciado. É uma obra de arte que nos convida a refletir sobre a vida, o amor e a importância de buscar a felicidade, independentemente da idade. Além disso, o filme é um importante testemunho da situação política e social no Irã.