Um título sugestivo desses entrega o pacote do filme: de fato, há atrizes e atores dotados daquela beleza clássica muito bem vista e vangloriada pela sociedade. Shakespeare já dizia que “uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador”. Mas a beleza desse filme para por aí.
O reino da beleza tem como protagonista Luc Sauvageau (Éric Bruneau), um arquiteto bem-sucedido e apaixonado por sua profissão que recebe o prêmio Lenixon de arquitetura em Paris. Luc esbarra em uma antiga paixão, Lindsay Walker (Melanie Merkosky). Então começamos de fato a história do filme.
Alguns anos atrás, Luc vive em Quebec com sua esposa, Stéphanie (Mélanie Thierry), onde aparentemente vivem uma vida perfeita falando francês e promovendo jantares frequentes com seus amigos mais próximos, os casais Nicolas (Mathieu Quesnel) e Karine (Magalie Lépine Blondeau) e Isabelle (Marie-Josée Croze) e Melissa (Geneviève Boivin-Roussy). Luc tem uma oportunidade de trabalho que requer uma viagem a Toronto, onde conhece Lindsay, secretária que acompanha a equipe nas reuniões. Os dois ficam claramente atraídos um pelo outro e então acabam passando uma noite juntos.
Embora o affair seja embalado por uma música agradável, é tão morno quanto pizza requentada no micro-ondas. Os céticos e até mesmo os românticos sentirão falta de mais paixão e menos declarações de amor blasé. Enquanto isso, a esposa, Stéphanie, treinadora de um grupo de meninas em um colégio, começa a enfrentar um quadro de depressão e passa a ter ataques de pânico. E é basicamente isso.
O filme não se preocupa em desenvolver de fato os personagens, todos parecem muito superficiais e egoístas e quando um personagem está doente, nem mesmo sua doença é de fato explicada. Se o objetivo era ser uma ode à superficialidade da beleza, conseguiu. Mas é um filme desinteressante, tedioso, chato mesmo.