Oi! Aqui está um resumo para você que tem pressa:
- O filme é uma mistura de drama com documentário.
- A longa é um True Crime que mostra o assassinato do vencedor do Prêmio Nobel da paz e também ex primeiro-ministro de Israel.
- A história se passa em 1995 e mistura imagens reais com cenas dramatizadas.
- É dirigido por Amos Gitai, um dos diretores do documentário de 2002 sobre os atentados terroristas do 11 de Setembro nos Estados Unidos.
- O longa é de 2015, mas está sendo relançado de forma exclusiva no Brasil.
QUEM É YTIHAK RABIN?
Nos anos 1990, Rabin foi um dos principais líderes israelenses que buscavam a convivência harmoniosa com os palestinos. Grupos de extrema direita dentro de Israel eram contra esse movimento de paz, e em 1995, o estudante Ygal Amir matou o ex primeiro-ministro a tiros.
UM FILME PARA ENTENDER O MOMENTO ATUAL ENTRE ISRAEL E HAMAS
O mundo está acompanhando os desdobramentos políticos e militares na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. Muitos desconhecem as raízes desses conflitos, que se arrastam por décadas. E por anos, homens e mulheres tentaram negociar acordos de paz. Ytihak Rabin foi um desses homens, e sua morte teve impactos que são sentidos até hoje. Tanto Israel quanto a Palestina possuem forças nacionalistas contrárias a esses acordos. Esses grupos extremistas só conseguem visualizar a destruição total do Estado inimigo.
UM ALERTA PARA O BRASIL E OUTROS ESTADOS DEMOCRÁTICOS
O docudrama de Amos Gitai retrata como ideias extremistas de extrema direita podem acabar em violência. A não aceitação política e a negação do direito de existência de pessoas que pensam diferente, são inflamados através de discursos difamatórios. Esses discursos são muitas vezes criados em cima de rumores e mentiras. Amos Gitai explora essa ideia de manipulação da verdade ao recriar o assassinato de Rabin, que foi vítima de calúnias. A polarização política permite que essas mentiras transvertidas de verdades, ganhem terreno fértil na mente de indivíduos com comportamentos violentos. O Brasil recentemente descobriu como a polarização política pode ser perigosa sem diálogo e limites.
AMOS GITAI CONHECE A GUERRA DE PERTO
Quando tinha apenas 23 anos Amos foi um soldado israelense no conflito que hoje é conhecido como a Guerra do Yom Kippur, em 1973. Um helicóptero em que ele estava foi derrubado, o que gerou um trauma enorme no diretor. A sensação de quase morte redirecionou os esforços de Amos em denunciar os horrores da Guerra.
VALE A PENA ASSISTIR “O ÚLTIMO DIA DE YTIZHAK RABIN”?
O filme em si não é um daqueles feitos para puro entretenimento. Para quem deseja apenas passar o tempo, nenhum filme de Amos Gitai é indicado para este fim. O cinema de Gitai é um cinema político, e por isso exige um certo nível de compreensão sobre o que ele está tentando nos contar. Sem um entendimento prévio sobre o moderno Estado de Israel e seus conflitos, o longa pode parecer um tanto quanto confuso. O Último Dia de Ytizhak Rabin possui muitas camadas, e a mais emotiva e superficial é o assassinato do premier e seus desdobramentos criminais. Garanto que o longa é bem mais do que um título de True Crime.
Para os interessados em história e política, o filme é uma ótima escolha. Principalmente por conta do clima de polarização política que o Brasil vive na atualidade.
Quer conhecer mais sobre esse diretor? Então assista esses filmes:
- Dia do Perdão (2000)
- 11 de Setembro (2002)
- Ana Arabia (2013)
Filmes que você talvez possa gostar:
- O Paciente – O Caso Tancredo Neves (2017)
- 11 de Setembro (2002)