Para Onde Voam as Feiticeiras

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"Para Onde Voam as Feiticeiras": Revelando preconceitos e celebrando a resistência

O documentário “Para Onde Voam as Feiticeiras” nos guia pela deriva de encenações e improvisos de sete artistas pelas ruas do centro de São Paulo, em uma experiência cinematográfica que destaca de maneira vívida a persistência de preconceitos enraizados de gênero e raça em nossa consciência coletiva. No meio desse coro de excluídos encontra-se a valorização da resistência política, por meio das alianças de luta entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.

O documentário dá voz aos relatos que expressam as dores e vivências das minorias sociais, culminando em uma verdadeira manifestação artística. Ele confronta abertamente a negação sistêmica da sociedade em aceitar e compreender a plenitude de corpos, performances e possibilidades humanas, uma rejeição que frequentemente afeta as minorias.

Essas bandeiras de diversidade muitas vezes são deixadas às margens, onde a luta por reconhecimento e justiça se faz necessária. O documentário mostra a necessidade urgente de políticas públicas que assegurem o direito fundamental de viver e enfatiza o combate às atitudes prejudiciais e ignorantes que perpetuam o preconceito.

Situado no coração da maior metrópole brasileira, a àrea central de São Paulo, o documentário oferece uma liberdade autêntica ao que se propõe . As discussões ocorrem sem censura, revelando a tentativa de entrelaçar temas complexos e promover a aceitação gradual das diferenças. Contudo, ele também evidencia a necessidade constante de diálogo, como um meio de encontrar terreno comum e respeitoso entre os grupos diversos. O filme põe em destaque como as regras frequentemente são moldadas pelo pacto da branquitude, iluminando como isso influencia as dinâmicas sociais e estabelece uma falsa hierarquia.

“Para Onde Voam as Feiticeiras” captura a essência de uma jornada poética que mergulha em nuances e profundidades. À medida que seguimos os passos dos artistas, testemunhamos o embate contra preconceitos arraigados e barreiras invisíveis. O filme nos lembra que a visibilidade é, por si só, um ato político, um modo de desafiar a ordem vigente e redefinir narrativas. Ao compartilhar histórias e experiências das minorias sociais, o filme nos incita a repensar nossa própria compreensão e atuação frente às persistentes desigualdades. No âmago, “Para onde voam as feiticeiras” nos convida a imaginar um futuro onde a verdadeira igualdade e inclusão sejam norma, não exceção.

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