Onze crianças e adolescentes que, com diversas personalidades, crescem nas cidades mais humildes da França. O documentário Swagger apresenta o mundo pelos seus olhares singulares e imprevisíveis, e mostra também todas suas reflexões.
A fotografia é limpa e cheia de profundidade até mesmo nos ambientes fechados, a clareza e suavidade fazem o encantamento ser instantâneo.
O filme documental toca onde essas crianças começam respondendo desde questões básicas do seu dia a dia, passando por seus sonhos, aflições e grandes dilemas. Apresentam seu mundo controverso. Afinal morar na periferia sempre traz seus percalços, mas nem por isso elas deixam de ter uma rotina, dúvidas e tudo de mais complicado e controverso que a adolescia pode criar.
É muito bom e mesmo que parecendo um documentário fictício, é uma grande oportunidade poder ouvir essas crianças e adolescentes e através delas voltar no tempo e ansiar para que as coisas melhorassem mesmo com tantas adversidades.
O interessante é poder ouvi-los, e dar peso e valor ao que estão vivendo, não menosprezando nem os pequenos detalhes, porque é através disso que acabamos espelhando com a tomada de decisões da vida adulta, pode ter certeza, tudo já foi levemente vivenciado nessa fase da vida.
Percebemos que temos que ter mais cortesia com a nossa criança interior, afinal é lá que moram nossas duvidas nunca esclarecidas, nossas pesadas frustrações e principalmente, nossas verdadeiras crenças sem o julgamento alheio. Entender que é na juventude, que construímos laços, caráter, vontades, e que independente de onde vivemos, é o que temos por dentro o mais importante é a lição de Swagger.
O filme é um convite para celebrar a empatia, e aprender a deixar os julgamentos totalmente de lado.