Lançado em 1936, Três Pequenas do Barulho é uma comédia musical leve e encantadora que marcou o início da carreira de Deanna Durbin, uma jovem estrela que rapidamente conquistaria o público com sua voz poderosa e charme juvenil. Dirigido por Henry Koster, o filme conta a história de três irmãs determinadas a impedir que o pai se case com uma caça-dotes, embarcando em uma aventura cheia de reviravoltas e momentos divertidos.
A trama segue as irmãs Craig – Penny (Deanna Durbin), Kay (Barbara Read) e Joan (Nan Grey) – que vivem com a mãe na Suíça desde o divórcio dos pais. Quando descobrem que o pai, Judson Craig (Charles Winninger), um banqueiro milionário de Nova York, está prestes a se casar novamente, elas voam para os Estados Unidos com a missão de desmascarar Donna Lyons (Binnie Barnes), uma oportunista que está de olho na fortuna da família. Com a ajuda de aliados como o mordomo Binns (Ernest Cossart) e o gerente de negócios Bill Evans (John King), as meninas elaboram um plano para afastar a noiva e tentar reunir os pais.
O ponto alto do filme é, sem dúvida, a atuação de Deanna Durbin. Com apenas 14 anos, Durbin brilha como Penny, a irmã mais nova e a força motriz por trás da tentativa de salvar o pai. Sua performance é cheia de vitalidade, e sua voz cristalina emociona o público em canções memoráveis como “My Heart Is Singing” e “Someone to Care For Me”. Além de suas habilidades vocais, Durbin também demonstra uma naturalidade cômica, tornando Penny uma personagem adorável e espirituosa.
A química entre o elenco é outro ponto forte de Três Pequenas do Barulho. As interações entre as irmãs são genuínas e afetuosas, trazendo uma sensação de cumplicidade familiar que aquece o coração. Além disso, os momentos de comédia são bem construídos, especialmente nas cenas envolvendo o atrapalhado Conde Arisztid (Mischa Auer), que se envolve em um mal-entendido hilário ao se passar por um nobre para distrair a ambiciosa Donna.
O filme, embora centrado em uma trama relativamente simples, se destaca pela energia contagiante e pelo tom otimista que define as produções da época. Henry Koster dirige com um toque leve e gracioso, criando uma atmosfera acolhedora que convida o público a se envolver na história, independentemente de sua previsibilidade. As sequências musicais são belamente coreografadas, e a trilha sonora adiciona uma dose extra de charme à narrativa.
Visualmente, Três Pequenas do Barulho é um deleite. Desde os cenários elegantes de Nova York até a bela paisagem suíça, o filme é uma celebração da Era de Ouro de Hollywood, onde a atenção aos detalhes visuais era tão importante quanto a narrativa. A comédia de costumes e o contraste entre as diferentes classes sociais são abordados com leveza, refletindo o escapismo que o público buscava durante a Grande Depressão.
Em suma, Três Pequenas do Barulho é uma joia do cinema clássico que encantou o público da época e continua a ser apreciado por fãs de musicais e comédias românticas. Com performances encantadoras e uma narrativa cheia de coração, o filme é um testemunho do poder do entretenimento familiar em tempos difíceis, além de ser um marco na carreira de Deanna Durbin, que rapidamente se tornou uma das estrelas mais queridas de Hollywood.