Nossos queridos conhecidos já saíram do gibi para a telona, e agora vem a chance de nos encontrarmos com eles novamente. Em Turma da Mônica Jovem – Reflexos do Medo, temos as novidades de uma nova fase da vida ao lado da amizade e confusões em que os personagens sempre se metem.
É o primeiro dia de aula e Mônica (Sophia Valverde), Cebola (Xande Valois), Magali (Bianca Paiva) e Cascão (Theo Salomão) estão começando o Ensino Médio. Assim que chegam ao colégio são recepcionados pelos amigos e a notícia de que o Museu do Bairro vai a leilão. Determinados a não deixar que isso aconteça, os quatro acabam descobrindo que existem muitos outros mistérios e conspirações nessa trama, e vão precisar de toda ajuda que puderem, além da confiança um no outro, se quiserem resolver tudo.
Se tem uma coisa semelhante entre esta estreia e a da Turma da Mônica Jovem no quadrinho-mangá, em 2008, foi a expectativa. Ver os personagens mais crescidos é tão divertido quanto foi poder ler essa versão deles. E apesar dos (muitos) protestos do público sobre a troca do elenco dos atores crianças para este novo, ela foi assertiva. Além do quarteto principal, do qual quem mais se destaca é sem dúvida Theo Salomão com sua interpretação do Cascão, temos a chance de ver Milena (Carol Roberto), Jeremias (Bruno Vinicius), Titi (Lucas Pretti), Do Contra (Yuma Ono), Carminha Frufru (Giovanna Chaves), e Denise, sendo que essas duas últimas também estão impecáveis em seus papéis, transmitindo toda a personalidade das personagens. O único porém em relação às características de cada um (não aos atores), foi a narrativa ter passado batido sobre as mudanças significativas que aconteceram com eles, como o fato do Cebolinha ter superado a dislalia e a Magali não comer mais desenfreadamente. Mas ok, sem problemas.
Este é o primeiro de quatro filmes que serão feitos com a versão jovem, e junto com eles também se expande o universo da turma, começando no bairro do Limoeiro até a cidade. Conforme isso acontece, o espectador confere vários easter eggs compondo o cenário, como gibis, fantasias de elefantes verdes e títulos de historinhas escritos em tapumes. Este ponto, junto com o design de produção do longa, é uma das gratas surpresas do filme, pois ao mesmo tempo em que tudo está “real”, parece ter acabado de sair do quadrinho, e por isso ainda conserva sua mágica.
Agora, infelizmente, o que não deu muito certo foi a trama. Vários conceitos da adolescência estão presentes: os medos, as inseguranças, os sentimentos novos, a rivalidade, a confiança em si mesmo, e tanto os atores e atrizes quando os personagens tem muito potencial para desenvolvê-los, mas o roteiro não deu margem para isso acontecer. Além disso, o filme acaba literalmente do nada, deixa aquela sensação de que faltou alguma coisa, mesmo com a existência de uma cena pós-créditos.
Quem sabe, nos próximos, os acertos se repitam e os erros sejam corrigidos, afinal, se tem uma coisa que aprendemos com planos infalíveis é que sim, eles falham, mas não se pode desistir de dominar a rlua ou emplacar um sucesso no cinema.