Após 10 anos da estreia do filme original, Uma Verdade Inconveniente ganha uma sequência num momento muito importante. O documentário do político, ecologista e jornalista, Al Gore, ganhou uma força mundial por mostrar por A mais B, a situação do mundo com relação ao aquecimento global. Essa questão chamou a atenção das autoridades, alertou as grandes corporações, além de sacudir políticos adversários com discursos de pura ignorância, muito bem encaixados no filme e nos trailers de divulgação.
O alerta foi dado, e quem não sabia da gravidade que essas reações climáticas tinham sobre a nossa existência, ficou sabendo. Todos os noticiários, que se agarram em tragédias e polêmicas, usa e abusa desse tipo de manchete para mostrar seu ponto de vista, mas isso é um caso a parte. O que Uma Verdade Mais Inconveniente tenta mostrar com dados atualizados de 2016, é que tudo tem avançado de maneira rápida, mas que muitas pessoas ao redor do mundo tem se sentido responsável e tomaram a decisão de lutar contra essa corrente. É promovido também um novo passo nessa trajetória. A utilização, na prática, dos recursos naturais como geração de energia limpa que podem ser usados para sanar outros problemas.
Al Gore, que sustenta seus discursos de forma coesa, segura e muito bem informada, abusa do carisma e credibilidade. Sua palestra agora, é sobre o que mudou desde seu primeiro documentário e funciona como uma parte 2, retomando o tema e utilizando uma estrutura de roteiro conhecida dos documentários. Com dados precisos, relatórios, entrevistas e depoimentos de parceiros, o filme carrega uma responsabilidade impar, de sustentar a narrativa e a missão de salvar o planeta, sem perder o otimismo. Emocionante, importante e necessário, o filme se sustenta numa visão unilateral.