Wicked, adaptação do icônico musical da Broadway, traz ao cinema um espetáculo visual e emocional que dá nova vida à história das bruxas de Oz. Dirigido por Jon M. Chu, o filme revela como Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande) passaram de amigas improváveis a forças opostas na luta pelo bem e pelo mal. É uma jornada mágica que equilibra brilho, drama e reflexões profundas sobre aceitação e identidade.
Desde os primeiros momentos, a grandiosidade de Wicked é evidente nos cenários meticulosamente detalhados e nos figurinos exuberantes que capturam o espírito do reino de Oz. Cada frame parece tirado diretamente de um sonho encantado, desde as salas da Universidade de Shiz até os campos dourados da Estrada de Tijolos Amarelos. A produção é de um deslumbre ao criar um universo rico que homenageia o clássico de 1939 enquanto traz sua própria personalidade vibrante.
A química entre Erivo e Grande é o coração do filme. Cynthia Erivo, com sua voz potente e presença magnética, entrega uma Elphaba complexa, simultaneamente vulnerável e determinada. Ariana Grande surpreende como Glinda, entregando um charme superficial e uma profundidade emocional, especialmente em números como “Popular”, que explora a dualidade entre aparência e essência.
O elenco de apoio também brilha. Jeff Goldblum confere um toque sedutor ao Mágico de Oz, enquanto Michelle Yeoh encarna a Madame Morrible com uma precisão impecável. Jonathan Bailey, como o príncipe Fiyero, adiciona um charme, e Peter Dinklage diverte como um professor inusitado. Cada personagem contribui para o mosaico narrativo, enriquecendo a história com nuances e humor.
Além de sua estética deslumbrante, Wicked explora temas atemporais de preconceito, política e o peso de ser diferente. A pele verde de Elphaba torna-se uma poderosa metáfora para discriminação e exclusão, ecoando momentos históricos de luta por igualdade. É uma história que nos lembra da força em abraçar quem somos, mesmo quando o mundo nos rejeita.
Musicalmente, o filme é um desbunde. Números como “Defying Gravity” e “I’m Not That Girl” capturam tanto a grandiosidade quanto a melancolia da jornada de Elphaba, enquanto “Dancing Through Life” e “Popular” adicionam leveza e humor. Jon M. Chu dirige cada sequência musical com maestria, garantindo que a emoção de cada canção transcenda a tela.
Com performances marcantes, uma direção inspirada e um visual arrebatador, Wicked consolida-se como o grande evento musical do ano. É uma celebração da amizade, da coragem de ser diferente e do poder de se reinventar. Enquanto aguardamos ansiosamente a segunda parte, o filme nos deixa um lembrete inspirador: todos merecem a chance de voar.