Winter on Fire: Ukraine’s Fight for Freedom

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Documentário mostra a luta da Ucrânia contra o retrocesso das fronteiras.

Falar de polí­tica é algo complicado, aqui no Brasil por exemplo, houve um histórico de repressão que muitos não viram e não imaginam como foi. Hoje, vivemos numa insatisfação que beira as redes sociais e alguns protestos sem muita resposta por parte do governo. Outros lugares, como Paris, que recentemente foi alvo de um ataque terrorista, vive sob essa ameaça do incerto, assim também como os Estados Unidos. Bem, a Ucrânia tem um histórico polí­tico, social e econômico muito distinto e complexo. Durante anos, o paí­s, mesmo tendo sua independência da União Soviética no papel, nunca se viu livre ou seguindo em frente, ficou parado com má gestão, pouco avanço financeiro e desvalorização da moeda. E é nesse momento crítico entre 2013 e 2014 que se passa o documentário original da Netflix, Winter On Fire: Ukraine´s Fight For Freedom, filme dirigido por Evgeny Afineevsky, que concorre ao Oscar 2016.

Durante um longo período cruel de inverno, a cidade de Kiev se manteve em chamas e firme nas ruas para manifestar seus desejos por liberdade e esperança de um melhor futuro para as próximas gerações. Esse patriotismo chega a ser invejável. Euromadan, como ficou conhecida a manifestação da Praça da Independência, foi um ato pacifista contra o governo que reivindicava a renúncia do atual presidente que retrocedeu todas as conquistas da Ucrânia. O então presidente, Viktor Yanukovytch queria se aliar com a Rússia e dar as costas para a União Européia, que seria o alívio para o povo ucraniano.

A câmera muito bem posicionada durante toda a revolução, captou inteligentemente muitas reações do povo que permaneceu nas ruas por todos os dias que as negociações estavam em curso. Além da cobertura completa e muito detalhista, o filme conta com depoimentos de sobreviventes, sim, pois afinal a polícia fez o papel de exército do governo nesse pano de fundo. Eles atacaram o povo com cassetetes de metal, e não importava quem estivesse na frente. Crianças foram feridas, mulheres, homens, jovens e adultos. O documentário não apresenta outro ponto de vista, a não ser o do povo, mas faltou uma contextualização maior, além da cobertura dos fatos, sendo mais um filme informativo como movimento histórico do que narrativo em termos de linguagem cinematográfica. Ainda assim, essa forte história de garra e superação do povo ucraniano serve de referência, para que outras nações, assim como a nossa, lute de verdade contra seus opressores.

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