Histórias de Amor que Não Pertencem a Este Mundo

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"Histórias de Amor que Não Pertencem a Este Mundo" é uma contemplação da desilusão amorosa comum

Após participar do Festa do Cinema Italiano e do Festival do Rio 2017, Histórias de Amor que Não Pertencem a Este Mundo chega às salas de cinema brasileiras para quem gosta do gênero dramático.

O longa italiano é dirigido por Francesca Comencini, uma diretora de cinema cujo pai, o falecido Luigi Comencini, foi e continua sendo bastante popular na Itália. Ela, após cinco anos sem estar por trás de uma produção do tipo no país, retorna agora com esta proposta cinematográfica que traz desilusão amorosa, algo pelo qual todos estamos sujeitos a passar uma ou mais vezes.

A trama, de roteiro bem construído e desenvolvido, gira em torno da intensa Claudia (Lucia Mascino, ótima no papel), mulher de 50 anos que vive em conflitos internos e problemas com outras pessoas. Sem conseguir levar a vida adiante depois de uma conflituosa separação, nem mesmo trabalhar como professora universitária, a única solução aparente é tentar reconquistar o ex-marido, Flavio, interpretado por Thomas Trabacchi. O problema é que ele já está em outra, com uma mulher mais nova e bem resolvido consigo mesmo. Tais acontecimentos estão numa mescla de cenas intemporais e fotografia de qualidade que possibilitam maior envolvimento de quem está na poltrona.

Ambos, no passado, acabaram tendo um relacionamento difícil e desgastado. Não apenas os objetivos de vida eram diferentes, como o temperamento dos dois. Claudia é mimada, confusa ao extremo e agitada, o que cansava o equilibrado e tranquilo Thomas. Só a maneira como eles se aproximaram no início é um tanto estranha. Conseguimos esperar, desde a primeira cena, o desfecho da situação: uma mulher frustrada com um amor que não correspondia às suas expectativas. É o que geralmente ocorre.

E esse é o grande problema: ter expectativas. Como Claudia, podemos ser ou conhecer alguém que gosta de viver intensamente, depressa, sem avaliações. E então, os atravessamentos aparecem porque nem sempre são como desejamos. A protagonista de Histórias é problemática, sim, mas comum à sociedade. Por esta razão, todos nós podemos nos identificar com a narrativa. Vale o desafio!

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