A Conquista do Planeta dos Macacos, dirigido por J. Lee Thompson e lançado em 1972, é um filme que não apenas completa os elos entre nosso presente e o futuro dos macacos, mas também oferece uma visão sombria e provocativa da queda da sociedade.
No centro da narrativa está César, interpretado por Roddy McDowall, filho dos famosos Cornelius e Zira, criado em um circo humano após a morte de seus pais no filme anterior. À medida que ele testemunha a opressão e a escravidão dos macacos sob o domínio humano, uma chama de rebelião é acesa em seu coração. Determinado a libertar sua espécie, César lidera uma revolta contra seus opressores humanos.
O longa é um prato cheio de distopia, oferecendo uma mistura envolvente entre ficção distópica e drama. Embora seja difícil ignorar a velocidade implausível da evolução dos macacos e os paralelos perturbadores com a luta pelos direitos civis, o filme ainda consegue oferecer uma experiência cinematográfica adequada, mesmo que um tanto sombria.
As performances do elenco são esquecíveis, mas é McDowall que se destaca, trazendo uma intensidade palpável ao papel de César. Sua interpretação habilmente retrata a radicalidade idealista e a paixão vingativa do líder dos macacos.
A decisão de ambientar o filme no então recém-construído centro de Century City em Los Angeles confere uma esterilidade convincente e uma tensão palpável ao futuro distópico retratado na tela.
No entanto, é nos discursos políticos apaixonados e nas cenas finais de batalha apocalíptica que o filme realmente brilha. Se estiver pronto para se emocionar com a queda da civilização, A Conquista do Planeta dos Macacos oferece uma jornada envolvente. Apenas não espere encontrar muito humor neste mundo sombrio e desolado.